Bicampeã olímpica de atletismo nos 800 m pode ser banida por problema hormonal Por iG São Paulo | 29/04/2019 17:18:47 - Atualizada às 29/04/2019 17:17:47 Home iG › Esporte › Mais Esportes › Atletismo Caster Semenya tem disfunção que produz hormônios masculinos em grande quantidade. Ela já precisou provar ser mulher para competir Foto: Reprodução Caster é uma das melhores do atletismo em sua geração Caster Semenya, atleta sul-africana de atletismo, vive um drama nesta semana. Na próxima quarta-feira (01) o Tribunal Arbitral do Desporto votará se ela será banida do atletismo feminino. Leia também: Rodrigues Neto, ex-lateral do Flamengo e seleção, morre aos 69 anos de idade Campeã olímpica e mundial nos 800 metros, Caster é hiperandrogênica, ou seja, tem uma produção hormonal masculina acima da média. Desde que a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) mudou suas regras para limite de testosterona, em abril de 2018, a atleta sofre com a possibilidade de ser excluída de seu esporte. “Precisamos criar categorias de eventos que garantam que o sucesso é determinado pelo talento, investimento e trabalho, e não outros fatores que não são nem certos nem compreensíveis”, disse o presidente da IAAF, Sebastian Coe. A proposta da Federação é que Caster Semenya faça um tratamento para baixar seus níveis de testosterona para competir nas provas de 800 e 1.200 metros. A medida é debatida em casos de transgêneros no esporte e ficou popularmente conhecida no Brasil com o ‘caso Thifany’, no vôlei. Caster alega que seu caso é diferente de atletas transgêneros, pois nasceu e vive como mulher. Desde que começou a competir, em 2008, ela tem enfrentado problemas por sua condição hormonal. Quando venceu a prova de 800m no Campeonato Mundial de Atletismo, em Berlim 2009, Caster Semenya precisou realizar um teste de gênero exigido pela Federação. Na época, o caso foi encarado como racismo da organização com a atleta. Leia também: Klay Thompson faz 15 arremessos de bola de três em aquecimento na NBA Aos 28 anos, Caster é uma das melhores atletas de sua geração no atletismo. Em Jogos Olímpicos tem duas medalhas de ouro nos 800m (Londres 2012 e Rio 2016), já em Campeonatos Mundiais são três ouros e um bronze (nos 1.500m). Link deste artigo: https://esporte.ig.com.br/maisesportes/atletismo/2019-04-29/bicampea-olimpica-de-atletismo-nos-800-m-pode-ser-banida-por-problema-hormonal.html