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Caster Semenya tem disfunção que produz hormônios masculinos em grande quantidade. Ela já precisou provar ser mulher para competir

atleta do atletismo
Reprodução
Caster é uma das melhores do atletismo em sua geração

Caster Semenya, atleta sul-africana de atletismo, vive um drama nesta semana. Na próxima quarta-feira (01) o Tribunal Arbitral do Desporto votará se ela será banida do atletismo feminino.

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Campeã olímpica e mundial nos 800 metros, Caster é hiperandrogênica, ou seja, tem uma produção hormonal masculina acima da média. Desde que a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) mudou suas regras para limite de testosterona, em abril de 2018, a atleta sofre com a possibilidade de ser excluída de seu esporte.

“Precisamos criar categorias de eventos que garantam que o sucesso é determinado pelo talento, investimento e trabalho, e não outros fatores que não são nem certos nem compreensíveis”, disse o presidente da IAAF, Sebastian Coe.

A proposta da Federação é que Caster Semenya faça um tratamento para baixar seus níveis de testosterona para competir nas provas de 800 e 1.200 metros. A medida é debatida em casos de transgêneros no esporte e ficou popularmente conhecida no Brasil com o ‘caso Thifany’, no vôlei.

Caster alega que seu caso é diferente de atletas transgêneros, pois nasceu e vive como mulher. Desde que começou a competir, em 2008, ela tem enfrentado problemas por sua condição hormonal.

Quando venceu a prova de 800m no Campeonato Mundial de Atletismo, em Berlim 2009, Caster Semenya precisou realizar um teste de gênero exigido pela Federação. Na época, o caso foi encarado como racismo da organização com a atleta.

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Aos 28 anos, Caster é uma das melhores atletas de sua geração no atletismo. Em Jogos Olímpicos tem duas medalhas de ouro nos 800m (Londres 2012 e Rio 2016), já em Campeonatos Mundiais são três ouros e um bronze (nos 1.500m).