Acusação pretende elevar pena de Oscar Pistorius para 15 anos

Medalhista paralímpico foi condenado em 2016 pelo assassinato da então namorada; Suprema Corte acha que sentença é 'chocantemente baixa'

A Suprema Corte de Apelação da África do Sul (SCA) ouvirá no dia 3 de novembro os argumentos da acusação para aumentar a pena de prisão do medalhista paralímpico Oscar Pistorius, segundo informações da Autoridade Nacional de Processo sul-africano (NPA).

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Foto: Divulgação
Acusação pretende elevar pena de Oscar Pistorius para 15 anos

Oscar Pistorius foi condenado a seis anos de prisão em julho de 2016, pelo assassinato , em fevereiro de 2013, da sua então namorada , a modelo Reeva Steenkamp. No entanto, o Estado acha que a pena de seis anos é branda e pretende convencer a Suprema Corte a aumentar a setença do campeão paralímpico sul-africano para 15 anos.

"Acreditamos claramente que a sentença imposta é chocantemente baixa", disse o porta-voz da NPA, Luvuyo Mfaku, nesta terça-feira.

O atleta foi inicialmente condenado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e recebera uma sentença de cinco anos de prisão. Em 2015, o SCA aumentou a pena para seis anos, já que a condenação foi elevada para assassinato.

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Pistorius é o primeiro atleta olímpico e paralímpico da história. Ele é conhecido como "Blade Runner" por não ter as duas pernas e usar próteses finas feitas de fibra de carbono.

Relembre

Durante o julgamento de apelação, o sul-africano chegou até a caminhar sem próteses para tentar mostrar sua vulnerabilidade. Após a divulgação da sentença, o ex-atleta foi tirado do regime de prisão domiciliar em que se encontrava e levado para a cadeia.

O assassinato de Steenkamp ocorreu em 14 de fevereiro de 2013, dia dos namorados na África do Sul. A acusação dizia que Pistorius tinha brigas constantes com a companheira e mostrou diversos momentos em que ele utilizou armas em público. Além disso, a modelo teria enviado mensagens dizendo que o ex-atleta a assustava.

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Já Oscar Pistorius e sua defesa sempre alegaram inocência, afirmando que ele atirou por achar que um ladrão havia entrado em seu banheiro. O sul-africano também lembrou sua infância violenta e o trauma por ter perdido as duas pernas.

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