"Raio jamaicano" tem passada assimétrica, segundo estudo, e isso seria determinante para seu sucesso nas pistas de atletismo
Usain Bolt é, seguramente, um dos maiores nomes do esporte em todos os tempos. Carismático, sua genialidade dentro do atletismo
começa desde a linha de partida até cruzar a linha de chegada - até por isso, é o homem mais rápido do mundo com o recorde nos 100 metros rasos (9,58s) e também nos 200 metros rasos (19,19s), ambas as marcas alcançadas em 2009.
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E às vésperas da sua aposentadoria das pistas - Usain Bolt vai parar após a disputa do Mundial de atletismo, que acontece entre os dias 4 a 13 de agosto, em Londres -, é possível tentar entender melhor sua velocidade e a linguagem corporal durante uma arrancada, praticamente impossível de ser alcançado pelos rivais.
Há seis meses, um grupo de pesquisadores da Southern Methodist University (SMU) de Dallas, nos Estados Unidos, inicou um estudo em cima das técnicas de movimento do velocista jamaicano. Andrew Udofa, um desses membros da equipe, investigou 20 passos de Bolt e de outos três atletas de elite nos 100 metros, usando vídeo de uma competição de 2011.
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E encontraram uma explicação científica: a perna direita de Usain Bolt tocava a pista com uma força 13% maior do que a perna esquerda; e sua perna canhota permanecia no solo 14% mais tempo que a sua perna destra. Um movimento totalmente assimétrico e que proporciona ao astro sua performance absurda contra qualquer adversário.
Confira o vídeo que mostra esse estudo:
A crença popular sempre sustentou que ter um passo desigual é prejudicial para velocidade de uma pessoa, mas o estudo da SMU fez cair por terra essa tendência. A pesquisa completa sobre os efeitos da corrida assimétrica ainda não está concluída, mas ficou praticamente comprovado que isso é determinante para Bolt ser o mais rápido da história.
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Multicampeão
Usain Bolt, o "raio jamaicano", vai se aposentar aos 30 anos de idade com 11 títulos mundiais e oito olímpicos - seriam nove em Olimpíadas, mas, por doping de um companheiro, a Jamaica foi desqualificada na prova de 4x100m de Pequim, em 2008, e o atleta teve que devolver sua medalha de ouro.