Três atletas do Brasil chegam a Paris, nesta terça-feira (22), sem saber se irão disputar os Jogos Olímpicos. Hygor Gabriel, do revezamento 4x100m, Max Batista, da marcha atlética, e Lívia Avancini, do arremesso de peso, tentam liberação para disputar as Olimpíadas.
Isto porque, o trio do atletismo não conseguiu cumprir os critérios para a vaga olímpica e acaram ficando fora da lista oficial dos convocados da CBAt (Conferação Brasileira de Atletismo). Hygor, Max e Lívia não realizaram, no mínimo, três testes antidoping, cada um, em exames feitos fora de competição, com intervalo mínimo de 21 dias.
A exigência é uma determinação da World Athletics (Federação Internacional de Atletismo), e os testes surpresa precisariam ter sido feitos no intervalo entre setembro do ano passado e o último dia 4 julho, para que eles estivessem aptos a serem convocados para os Jogos.
Segundo o presidente da CBAt, Wlamir Motta Campos, durante live realizada para anunciar os convocados, a entidade recorreu à World Athletics para que fosse feita uma exceção aos atletas. Diante do retorno negativo, a CBAt entraria com um recurso junto à Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, para tentar a liberação do trio.
No entanto, uma apelação ao CAS leva cerca de 6 meses para ser julgada e as Olimpíadas começam no próximo dia 26. Então, a questão será submetida à CAS AdHoc Division, que funciona dentro dos Jogos e que costuma julgar os casos em até 72 horas.
Por enquanto, os três atletas não fazem parte da delegação do COB (Comitê Olímpico do Brasil) oficialmente, e não possuem direito a credencial e estadia na Vila Olímpica. É a CBAt quem irá bancar a viagem e a permanência deles na França em busca da inscrição nos Jogos.
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