Com alta meta fixada para as receitas anuais da NFL, o comissário da liga, Roger Goodell, está vendo cada vez mais perto seu sonho se tornar uma realidade para a principal liga de futebol americano do mundo.
Segundo o jornal 'USA Today', em 2010, Goodell revelou aos proprietários das franquias que a meta era que as receitas da liga chegassem a US$ 25 bilhões (cerca de R$ 130 bi) até 2027. Na época, a NFL gerava cerca de US$ 8 bilhões (R$ 13,7 milhões na cotação da época) em receitas anuais.
Por mais que a NFL não divulgue publicamente os números de faturamento, a publicação indica que as receitas anuais superam a casa dos US$ 20 bilhões. Caso consiga aumentar para US$ 25 bilhões, chegaria a uma marca quase 65 vezes maior que o Brasileirão Série A, que arrecada R$ 2 bilhões por ano no acordo pelos direitos de transmissão, fechado com a Globo para o ciclo 2019-2024.
Netflix e NFL
A publicação explica que o acordo de US$ 150 milhões com a Netflix para a realização da rodada de natal, válido por três anos, abriu margem para enxergar o streaming como uma forma de impulsionar ainda mais a NFL em busca da meta de receitas.
O diretor do Moorad Center, Andrew Brandt, explicou ao jornal USA Today que este não deve ser o último acordo com a Netflix, e que com o serviço de streaming a liga capitalizou novamente uma oportunidade não tradicional, ao mesmo tempo que continua a aumentar as fontes tradicionais (bilheteira, patrocínios, merchandising e receitas de estádios).
Além do impacto imediato nos resultados financeiros da NFL, o acordo com a Netflix destaca as opções que se mostram possíveis à liga caso decida cancelar os seus acordos de transmissão existentes em 2029. Assinado em 2021, o atual contrato da NFL poderia ser cancelado após sete anos.