Olga Kharlan polemizou ao recusar cumprimento a adversária russa
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Olga Kharlan polemizou ao recusar cumprimento a adversária russa

A tensão em meio a guerra entre Ucrânia e Rússia, que já acontece há dois anos, o clima de tensão entre os países se estende também ao mundo dos esportes.

Relembrando o episódio da esgrimista ucraniana Olga Kharlan, que foi expulsa do mundial em 2023 ao se recusar a cumprimentar uma adversária russa, o ministro da Juventude e Desportos da Ucrânia, Matviy Bidnyi, falou de orientações repassadas aos seus atletas visando evitar problemas em Paris.

Questionado sobre como orientaria a delegação ucraniana caso um atleta russo tentasse provocar uma reação no cenário mundial, Bidnyi pediu calma.

“Eu diria a eles para reagirem de maneira adequada, digna. Entender e ter consciência de que esta provocação foi feita de propósito. Ignorar tais provocações com a cabeça fria", explicou ao The Guardian.

"Veremos o que eles farão. Nossos esportistas estão prontos", frisou o ministro.

Sob os protocolos anteriores da Covid-19, a esgrimista Olga Kharlan não teria sido punida por simplesmente derrubar as lâminas com Anna Smirnova, porém, a ausência da atleta em Paris 2024 era quase dada como certa após sua desqualificação no mundial do ano passado, mas recebeu uma prorrogação do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e competirá poderá competir.

 “Acho que não foi só ela que aprendeu uma lição com esta situação. Essa foi a primeira provocação e dela tiramos conclusões. Começamos a trabalhar profundamente para mudar os regulamentos, e uma série de casos semelhantes nos permitiram elaborar e fazer as nossas recomendações", disse Matviy.

"Consideramos os atletas russos agentes de influência híbrida. Entendemos que é assim que a Rússia inicia e conduz a guerra: como influencia e manipula os pensamentos. O esporte é uma parte muito importante da sua propaganda e penso que fizemos muito pelo mundo para os manter fora do movimento desportivo internacional. Nem mesmo os jornalistas podem comparecer às Olimpíadas sob a sua bandeira. É a prova de que a bandeira russa está condenada, não pode ser aceita num evento internacional e isso é muito simbólico", afirmou o ministro abordando o assunto de que os atletas russos competirão como 'neutros'.

Desde 2018, os atletas da Rússia não podem competir usando sua bandeira, por conta de um escândalo institucional de doping que envolveu até o Ministério do Esporte local.

Além das reações a possíveis provocações, o Comitê Olímpico Ucraniano também aconselhou seus atletas a evitar reuniões e fotografias com atletas russos e belarussos.

O anúncio da presença da Ucrânia nos Jogos Olímpicos de Paris foi feito pelo ministro Matviy Bidnyi, em Kiev, e oficializado pelo Ministério da Juventude e Desportos do país na última terça-feira (22), sob o slogan "A Vontade de Vencer".

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