Nesta sexta-feira (22), os gamers que adquiriram a versão Ultimate do EA FC 24 já podem começar a jogar o sucessor do Fifa 23, o primeiro jogo da série da EA Sports sem a marca da Fifa em 30 anos.
Em entrevista exclusiva ao iG Esporte, o jogador Gabriel "Young", que vem sendo um dos destaques do cenário competitivo de Fifa nos últimos anos, comentou sobre as novidades do EA FC, destacou a inclusão das mulheres no Ultimate Team e projetou a temporada no novo game.
Acredita que virão grandes mudanças no meta game?
"O meta não deve mudar muito. Como é uma transição de jogo, acho que a EA não arriscaria em mudar muitas coisas. O visual sim vai mudar, mas o meta em si acho que vai ser o mesmo, infelizmente com muita 5-4-1, às vezes um cara jogando de 4-3-2-1, algumas trivelas. Deve continuar assim no mesmo jeito porque acredito que a EA não gostaria de arriscar uma mudança tão drástica no primeiro ano do jogo sendo dela mesmo. Óbvio que vão ter algumas mudanças como jogadores novos, mas no fim o meta vai acabar sendo mais ou menos parecido".
Inclusão do futebol feminino no Ultimate Team
"Inicialmente acredito que elas podem ser muito boas, porém temos que ver como vai ser o jogo, porque nos últimos anos o jogo sempre foi muito físico, então para aquelas mulheres que são mais baixas e mais fracas fica mais difícil", iniciou.
“Acho que pode influenciar bastante até porque como é uma coisa nova e muitas pessoas foram negativas com isso acho que a EA poderia dar uma ‘boostada’ (impulsionada) nelas para fazer o pessoal usar mais, ainda mais no início", explicou.
"Mas dando o exemplo da Debinha, que tem 5 estrelas de perna ruim e 5 estrelas de drible (chuta igualmente com as duas pernas e faz todos os dribles do jogo), não sabemos se ela vai ser ‘meta’, ou seja, uma jogadora que vamos usar nos campeonatos, e que vai ser boa, mas vamos ver com o tempo", disse.
"Acho que a adição faz sentido, porque o futebol feminino vem crescendo bastante nos últimos anos. É algo importante também para incluir mais mulheres jogando, a gente sabe que o número de mulheres que jogam não é tão grande e agora tem um competitivo para elas, inclusive uma brasileira foi a campeã do mundo no ano passado. Vamos ver como vai ser, acredito que nesse início a parte física pode dificultar", encerrou.
(Confira abaixo a galeria de fotos de Gabriel "Young")
Como foi o início de sua trajetória no cenário competitivo do Fifa?
"Comecei a jogar competitivamente no Fifa 20. Estava em casa vendo um jogo do meu time de futebol na TV, e na época, tínhamos a Weekend League, que você tinha que fazer 30 jogos, e vencer pelo menos 27 para poder disputar os campeonatos. Nesse dia eu estava com 17 vitórias e 3 derrotas, ainda precisava fazer 10 jogos, e ganhei todos naquela noite. Aí pensei, ‘ah vou me inscrever nesse negócio’, lembro que era o último dia para se inscrever para o ano inteiro", contou.
"Já no primeiro campeonato consegui me destacar, chamei a atenção da Tuzzy, fechei contrato com eles mas acabei ficando somente por um mês. De lá fui para a SPQR, que na época era a maior equipe que tinha no Brasil, que tinha mais mídia, era uma vitrine muito grande para mim e acabei fechando", disse.
No Fifa 21 Young permaneceu na SPQR, mas acabou se destacando mundialmente no cenário já no Fifa 22. Nos últimos dois anos, o brasileiro foi o segundo melhor jogador do continente, somando dois títulos do qualify da América do Sul, o título da eLigue 1, na França, o 4º lugar na eLibertadores, e o título da Copa América pela Seleção. Além disso, também conquistou a classificação para o Mundial, e acabou ficando entre os 32 melhores do mundo, perdendo apenas para o campeão do torneio.
“Para 2023, fechei com a equipe norte-americana do Atlanta United, joguei esse ano todo pelo clube, junto com o meu parceiro Paulo Neto, os resultados não foram como o Fifa 22, como eu esperava, mas consegui me classificar para campeonatos no exterior, fiquei fora do Mundial, mas fiz parte da delegação da seleção brasileira que foi campeã mundial pela segunda vez seguida, não sei se me considero um campeão do mundo, porque não joguei né?! (risos), mas fiz parte da equipe. Nesse momento me encontro sem time ainda, mas espero a melhor oportunidade para definir meu futuro”, disse.
Quais as expectativas para a temporada competitiva do EA FC?
“Acredito que esse ano, com a saída de um dos caras que era ‘meu carrasco’ já que fui dois anos seguidos o segundo, o PHzin, jogador do Ajax, foi dois anos o primeiro, acredito que vou ser o cara a ser batido. Esse é um ano muito promissor, óbvio que tenho que trabalhar bastante para estar sempre no topo, mas acho que o ano reserva muitas coisas e vocês vão ouvir falar muito de mim ainda.”
Para ficar de olho!
Além de comentar sobre algumas novidades do game e projetar a temporada, Young também destacou cinco cartas que devem ter um grande destaque no EA FC 24. Veja no vídeo abaixo: