Isaac Souza
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Isaac Souza

Teve início na noite de sexta-feira (14) o Mundial de Esportes Aquáticos 2023. Entre os atletas brasileiros, Isaac Souza, de 24 anos, é uma das grandes apostas brasileiras na modalidade de Saltos Ornamentais.

O atleta brasileiro compete pela primeira vez na madrugada de segunda-feira (17). A primeira prova é preliminar da plataforma sincronizado masculino. No dia 17, às 6h da manhã (horário de Brasília), acontece a grande final.

“A minha preparação foi boa, mas não foi do jeito que gostaríamos pelo fato da minha lesão no cotovelo, atrapalhou bastante. Mas para o mundial já conseguimos estabilizar bastante com tratamento médico, exercício da fisioterapia, e com fortalecimento diário”, disse Isaac.

Outra disputa importante para Isaac no torneio é a possibilidade de classificação para os Jogos Olímpicos de Paris, no próximo ano. Cabe ressaltar que o atleta é medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos Lima-2019 e semifinalista no Campeonato Mundial do mesmo ano.

“Esse mundial é um grande aliado aos jogos Olímpicos, competição de grande porte. Os principais atletas estão aqui. É a primeira eliminatória mundialmente falando para as Olímpiadas. O próprio Mundial é muito competitivo porque estão os atletas mais fortes, e mais ainda porque vários outros atletas competindo. Nas Olimpiadas é mais restrito”, afirma.

Natural do Rio de Janeiro (RJ), Isaac Souza nasceu na favela da Mangueira. Logo aos cinco anos de idade, o garoto começou a fazer aulas de capoeira, devido à elasticidade e agilidade. Dois anos depois, sua mãe, Elizelba, o matriculou em uma peneira de ginástica artística na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). No teste, Isaac se destacou e foi aprovado. Mas, tempos depois, o destaque foi tão grande que o atleta foi convidado pelo Flamengo.

Logo depois de deixar o esporte, motivado por um amigo, convenceu seus pais a participar de um teste no Parque Aquático Julio Delamare, no complexo do Maracanã, para a prática de saltos ornamentais. Em 2018, aos 19 anos, Isaac ganhou o Prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta da modalidade na temporada de 2017.

“Eu sou muito grato por sair de onde eu saí e ter chegado aonde eu cheguei e vou chegar. A dificuldade do dia a dia para moradores de comunidade é um pouco maior. Isso me dá um gás extra. Para um garoto de comunidade, que veio da favela, para mim tem um peso muito significante”, completa.

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