Especialista em Fórmula 1, Mariana Becker comentou qual equipe é a favorita para 2023
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Especialista em Fórmula 1, Mariana Becker comentou qual equipe é a favorita para 2023

Foi dada à largada para temporada de 2023 da Fórmula 1. Com duas etapas realizadas, o ano promete fortes emoções para entusiastas da modalidade. Correspondente internacional especializada há 15 anos, a repórter Mariana Becker comentou com exclusividade ao iG Esporte  suas principais impressões para a disputa que se inicia.

Veja galeria de fotos de Mariana Becker:

"Infelizmente, para os torcedores que gostam de competitividade, a Red Bull está nadando de braçada. Os ciclos de vitória na Fórmula 1 costumam ser longos. A gente teve ciclos da Ferrari, da Mercedes… Em um intervalo de cinco anos, você dificilmente vai ter uma alternância entre as equipes campeãs. São ciclos longos. E atualmente, a Red Bull tem conseguido fazer o carro nascer bem e continuar se desenvolvendo com as novas regras", disse.

Apesar de cravar o favoritismo evidente da Red Bull, que conta com Max Verstappen, atual campeão do circuito, a jornalista comentou sobre a existência de outras histórias "interessantes" e que valem a pena de serem acompanhadas pelos telespectadores.

"A gente gosta de ver história. E nesse ano, estamos com a sensação de que vai ser uma chatice, por conta desse favoritismo da Red Bull, mas eu discordo. A história do surgimento da Aston Martin com o Fernando Alonso, que é uma figura incrível, vai dar muito o que falar e ver", afirmou.

"E o Alonso é sempre muito provocativo. Ele falando depois de ter "perdido" o terceiro lugar, que estava feliz por ter tirado foto, bebido champagne e que quem deveria estar triste é a Mercedes, foi demais", compartilhou a repórter em referência ao episódio ocorrido no Grande Prêmio da Arábia Saudita. 

Na ocasião, o piloto espanhol terminou a corrida na terceira posição, mas acabou momentaneamente indo para quarto lugar após a direção de prova aplicar-lhe uma punição. A confusão rendeu a posição no pódio ao quarto colocado, George Russell, da Mercedes. Inclusive, foi Mariana Becker quem contou a notícia para Russell durante transmissão ao vivo.

Confira vídeo do momento:


Horas depois do fim da prova, a sanção foi revertida e o pódio de Alonso foi reestabelecido.

Quando questionada sobre a ausência de pilotos brasileiros na modalidade, Becker cravou que vê os aspirantes Felipe Brugovich, da Aston Martin, e Pietro Fittipaldi, da Dale Coyne, estão prontos para o nível da Fórmula 1. Além disso, a repórter da 'Band Sports' disse que não enxerga a falta de representantes do Brasil como um fator de afastamento do público com a modalidade.

"Obviamente que o brasileiro, assim como qualquer torcida, se aproxima mais de um esporte quando tem um representante seu ali. Se for um representante vencedor, mais ainda. Em termos de níveis de audiência e engajamento, tanto nas mídias sociais, como na torcida dos Grandes Prêmios que são realizados no Brasil, não houve um afastamento por essa falta. A paixão e o público seguem. E isso é fruto dos anos em que o Brasil teve grandes campeões, grandes pilotos e foi passado de geração para geração", opinou.

"Eu acho que o Felipe [Drugovich] e o Pietro [Fittipaldi] estão prontos. Tecnicamente, eles estão prontos para entrar. Eles não são pilotos que vão ter que ficar andando lá atrás, não. Eles estão super afiados, os dois. Caso tenham a oportunidade, não irão fazer feio", afirmou.

Por fim, Mariana comentou sobre os rumores da saída de Lewis Hamilton da Mercedes. Sete vezes campeão mundial com a escuderia, a imprensa britânica começou a especular nas últimas semanas sobre a possibilidade do piloto deixar a equipe e ir para a Ferrari.

"Eu acho muito difícil. Na Fórmula 1, às vezes, a gente pode ser pego de surpresa. Mas acredito que seja muito difícil que isso aconteça, principalmente, uma ida para a Ferrari. Ele pode estar frustrado, a própria equipe está frustrada e Mercedes não costuma esconder quando tem falhas. É uma escuderia que não mostra somente os pontos positivos, sempre foi assim", comentou.

"Existe um potencial do Hamilton conseguir se recuperar. Nesta temporada, seria uma recuperação dentro do possível, mas não para brigar pelo título. Não vejo o Hamilton [brigando pelo título]. E se ele sair da Mercedes, ele vai para onde ganhar campeonato? Para a Red Bull, ele não vai. A Aston Martin tem o Fernando Alonso e o filho do dono. Não tem para onde ir. Se é para estar em uma equipe que é para construir um carro e ser campeão, essa equipe é a Mercedes", finalizou.

Neste domingo (2), Verstappen, Alonso e Hamilton voltam a se enfrentar pela terceira rodada do circuito no Grande Prêmio da Austrália. A corrida ocorre a partir das 2h da manhã (horário de Brasília) e terá transmissão na TV aberta pela 'Band'.

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