A velocista americana Sha'Carri Richardson testou positivo para maconha no exame antidoping, segundo fontes da Reuters, e é provável que ela perca a chance de lutar pelo título olímpico dos 100 metros em Tóquio.
De acordo com a fonte, o teste positivo veio através das seletivas olímpicas dos EUA no mês passado, onde Richardson se estabeleceu como uma candidata à medalha de ouro ao vencer os 100m em 10,86 segundos.
(Veja abaixo a galeria de fotos da velocista dos EUA)
A substância encontrada nos testes significaria que todos os resultados de Richardson na qualificatória seriam anulados, incluindo sua vitória na final dos 100m.
Participando do programa "Today", da emissora americana "NBC", Richardson se desculpou na manhã desta sexta-feira:
"Peço desculpas. Por mais que eu esteja decepcionada, eu sei que quando eu entro na pista eu represento não só a mim mesma, eu represento uma comunidade que tem demonstrado um grande apoio, um grande amor ... Peço desculpas pelo fato de não saber como controlar ou lidar com minhas emoções durante esse tempo", afirmou ela.
Outra fonte familiarizada com o assunto disse que Jenna Prandini, que terminou em quarto lugar na final, já havia sido procurada para correr pelos EUA nos 100m em Tóquio. Ambas as fontes solicitaram anonimato devido à delicadeza do assunto.
Ligações e e-mails para o agente de Richardson, Renaldo Nehemiah, a Agência Antidopagem dos EUA (USADA) e o Atletismo dos EUA (USATF) ficaram sem resposta na quinta-feira.
O último tweet da atleta foi enigmático: "Eu sou humana", ela escreveu.
Richardson foi escalada para correr nos 200m a edição de Estocolmo da Diamond League, na Suécia, neste fim de semana. Porém, ela não estava na lista de inscritos para a corrida no site oficial do evento.
A cannabis é proibida pela Agência Mundial Antidopagem (WADA), mas se os atletas puderem provar que sua ingestão da substância não está relacionada ao desempenho esportivo, uma suspensão de três meses — ao invés dos quatro anos usuais — é imposta.
Se um atleta estiver disposto a realizar um programa de tratamento aprovado em colaboração com seu órgão nacional antidopagem, a proibição pode ser reduzida para um mês.
A texana almejava se tornar a primeira mulher americana a ganhar o título olímpico dos 100 metros desde Gail Devers em 1996.