Carol Solberg
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Carol Solberg

Após se classificar na final feminina do Superpraia, ao lado de Bárbara Seixas, na última quinta-feira, a jogadora de vôlei de praia Carol Solberg manifestou solidariedade às mais de 500 mil pessoas mortas no Brasil por conta da Covid-19. Nesta sexta, a dupla foi campeã do torneio.

Diferentemente do último Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, Carol não expressou nominalmente o presidente Jair Bolsonaro ou outra figura do Governo Federal, mas elucidou o descontentamento com a forma de combate à pandemia. "Muitas destas mortes poderiam ter sido evitadas se tivessem comprado essas vacinas. É muita indignação."

— A gente está trabalhando para caramba, está sendo difícil. Já foi o tempo em que dava para ficar aqui, jogando, sem falar sobre o que está acontecendo. Eu não consigo. A gente tem mais de 500 mil mortes. São mais de 500 mil famílias totalmente despedaçadas. Eu não consigo, adoraria poder falar sobre o jogo, mas, para mim, é impossível — declarou Carol.

— Então toda a minha solidariedade a essas famílias, de verdade. Muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas se a gente tivesse comprado as vacinas, então é muita indignação, muita.

Em 20 de setembro do ano passado, a atleta gritou “Fora Bolsonaro” em entrevista transmitida ao vivo, durante o fim da disputa do torneio, no qual obteve medalha de bronze. Por conta do protesto, foi denunciada pela procuradoria nos artigos 191 (descumprir regulamento) e 258 (disciplina e ética esportiva) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Porém, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) absolveu a jogadora das acusações. 

Bárbara e Carol enfrentaram Vitória Mendonça e Andressa Cavalcanti nesta sexta-feira, pela final do Superpraia. Com uma vitória por 21/19 e 21/19, conquistaram o ouro e o primeiro título da parceria.

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