A reclamação pública do surfista Gabriel Medina ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), após não conseguir uma credencial para levar a sua esposa, a modelo Yasmin Brunet, como parte de sua equipe técnica para os Jogos de Tóquio, pegou mal dentro do órgão responsável pelo esporte olímpico brasileiro. A informação é da colunista da Folha de São Paulo, Camila Matosso.
De acordo com as informações publicadas, por conta da pandemia de Covid-19, houve uma grande limitação do número de credenciais, o que seria o principal motivo para o veto ao pedido do bicampeão mundial.
Porém, apesar do mal-estar causado publicamente, a expectativa dentro do COB é que a repercussão negativa do caso evite outros pedidos do mesmo tipo, ainda mais que o credenciamento oficial chegou ao final e qualquer alteração nesse momento teria que partir do Japão, responsável por sediar o evento.
Você viu?
Todo o problema começou quando o surfista, uma das principais esperanças do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, criticou duramente o COB, alegando que a sua esposa o acompanhou na grande maioria das etapas do Circuito Mundial de Surfe, desde fevereiro, quando se casaram.
(Veja abaixo a galeria de fotos da modelo Yamin Brunet)
De acordo com ele, foram feitos alguns pedidos ao Comitê para levar duas pessoas, mas ele não teria tido resposta. “Tenho conversado bastante com o COB. Nós podemos levar para o Japão duas pessoas na comissão, e cada atleta está levando o seu pessoal. O Ítalo Ferreira está levando um amigo que o ajuda, e comigo estão dificultando. Minha vida mudou, eu tinha outro coaching, outra estrutura, duas pessoas que não trabalham mais comigo, e não me deram a confirmação se vou poder levar meu atual coaching”, apontou Medina.
O surfista ainda continuou. “Questionei também se posso levar a Yasmin, porque ela tem viajado comigo. Aí eles (COB) falaram que ela não tem nada a ver com o surfe, que ela não poderia ajudar a delegação. Mas, e o marido da Tati Weston-Webb? Ele surfa, participou do circuito mundial. Estou só questionando por que eu não posso levar? São as pessoas que me ajudam. Não é porque é melhor, é porque são pessoas que estão no meu dia a dia. Acho certo eles levarem o time deles, só que eu não sei qual a dificuldade de eu levar o meu time. Eu vou ter que viajar sozinho? Por que só comigo?”, afirmou.
Oficialmente, o COB alega que no mês passado credenciou Andy King para atuar como treinador de Medina em Tóquio. Ainda segundo a entidade, conforme o regulamento dos Jogos Olímpicos, somente um profissional que esteja credenciado na lista larga pode substituir outro.