Câmara dos Deputados
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o projeto que concede auxílio emergencial de R$ 600 para atletas e trabalhadores envolvidos com esportes. A proposta, que agora segue para sanção presidencial, também estabelece a criação de linhas de crédito específicas para fomentar atividades esportivas e condições especiais para renegociação de débitos de empresas do setor.

As medidas devem gerar um impacto de R$ 1,6 bilhão. Agora, o texto segue para sanção presidencial. A proposta começou a tramitar na Câmara, onde foi aprovada pela primeira vez em julho. Em agosto, foi alterada pelo Senado. Na segunda votação da Câmara, nesta terça-feira, também houve mudanças.

Deputados retiraram do texto a possibilidade de que entidades esportivas (excluídas associações do futebol) pudessem usar até 20% de recursos recebidos de loterias federais para pagar "débitos de natureza fiscal, administrativa, trabalhista, cível ou previdenciária". Também retiraram trecho que previa isenção fiscal de produtos esportivos importados para atletas.

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Para receber o auxílio emergencial, os interessados deverão cumprir alguns requisitos, como ter mais de 18 anos, exceto no caso de atletas ou de paratletas com idade mínima de 14 anos vinculados a uma entidade de prática esportiva. Além disso, deverá ter atuado de forma profissional ou não na área esportiva nos 24 meses anteriores à data de publicação da lei.

O auxílio será pago para aqueles sem emprego formal e que não recebam nenhum benefício previdenciário ou assistencial, como o Bolsa Atleta ou o seguro-desemprego.

— Vivemos uma crise sem precedentes decorrente da pandemia de Covid-19, cujos desdobramentos negativos na economia, na saúde e nos outros setores ainda não podem sequer ser divisados. Como reflexo desse período conturbado, o setor esportivo é particularmente afetado e podemos afirmar que a cadeia produtiva do esporte está agonizando, vez que aglomerações comuns nos eventos esportivos são proibidas, como medida de contenção do contágio comunitário — disse o relator da medida, Alexandre Frota (PSDB-SP), ao ler parecer em plenário.

Em relação à concessão de crédito, o projeto autoriza as instituições financeiras a disponibilizar empréstimo com prazo de pagamento de até 36 meses. As parcelas seriam reajustadas pela Selic e começariam a ser pagas 180 dias após o fim do estado de calamidade pública em decorrência do coronavírus.

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