Beisebol faz protesto
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Beisebol faz protesto

A família Bolsonaro, que recentemente afrontou a Globo com a aprovação de uma MP , segue usando o esporte em suas polêmicas.

Em um jogo da Major League Baseball (MLB), entre o Los Angeles Dodgers e o San Francisco Giants, o arremessador do Giants, Sam Coonrod, se recusou a ajoelhar durante a demonstração de apoio ao movimento Black Lives Matter .

O fato foi lembrado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que publicou em seu perfil do Twitter uma comparação entre Sam Coonrod e August Landmesser, o alemão que aparece na imagem histórica na qual somente ele não faz a saudação nazista em 1936. O operário fez a recusa durante o lançamento do navio de treinamento SSS Horst Wessel, em 13 de junho de 1936. Casado com uma judia, ele foi preso por “desonrar a raça”.

“O jogador se recusou a fazer o ato quase humilhante de apoio ao Black Lives Matter , movimento que espalha caos por onde passa. E você quem quer ser”, questionou.

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A comparação feita por Eduardo Bolsonaro gerou revolta nos comentários da publicação, e alguns poucos apoios.  

Em entrevista a NBC Sports, o jogador Sam Coonrod, de 27 anos, explicou porque não se curvou.

"Sou cristão. Então, acredito que não posso me ajoelhar diante de nada além de Deus. Eu simplesmente não consigo entender algumas coisas que li sobre Black Lives Matter, como eles se inclinam para o marxismo. Eles disseram algumas coisas negativas sobre a família nuclear. Eu simplesmente não posso embarcar nisso. Não estou bravo com alguém que decidiu se ajoelhar. Só acho que seja pedir demais que eu tenha o mesmo respeito", apontou.

Na ocasião, os jogadores de ambas equipes se ajoelharam e levantaram uma faixa preta contra o racismo antes da execução do hino nacional dos Estados Unidos. O ato foi em apoio ao Black Lives Matter, movimento que teve origem em 2013 e que luta pela igualdade entre raças e pela valorização de vidas negras. 

Nesse ano, diversos protestos espalhados pelo mundo surgiram, cujo estopim foi o assassinato de George Floyd , nos Estados Unidos, por um policial.

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