A World Rugby, entidade máxima do rúgbi mundial, está considerando proibir as mulheres trans de jogar o esporte por causa de preocupações de segurança que surgiram após pesquisas recentes, informa o jornal britânico "The Guardian", acrescentando que a decisão faria dela a primeira federação esportiva internacional a seguir esse caminho.


Kelly Morgan, que nasceu Nicholas Gareth Morgan, joga rúgbi no Porth Harlequins, do País de Gales
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Kelly Morgan, que nasceu Nicholas Gareth Morgan, joga rúgbi no Porth Harlequins, do País de Gales


O "Guardian" revela que, em um rascunho de um documento de 38 páginas produzido pelo grupo de trabalho sobre transgêneros da entidade, é reconhecido que é provável que haja "pelo menos um risco 20 a 30% maior" de lesão quando uma jogadora feminina é derrubada por alguém que passou pela puberdade masculina.

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O esboço também diz que estudos mais recentes mostram que mulheres trans têm vantagens físicas "significativas" sobre mulheres biológicas, mesmo depois de tomarem remédios para baixar a testosterona. Como resultado, o grupo de trabalho da World Rugby sugere que as regras atuais - que permitem às mulheres trans jogar rúgbi feminino se reduzirem seus níveis de testosterona por pelo menos 12 meses, de acordo com as diretrizes do Comitê Olímpico Internacional - "não são adequadas para esse objetivo".

Como observa o grupo de trabalho da World Rugby, jogadoras trans, que são designadas como homens ao nascimento e cuja puberdade e desenvolvimento são influenciados por andrógenos / testosterona "são mais fortes em 25%-50%, têm 30% mais potência, são 40% mais pesados ​​e cerca de 15% mais rápidos do que jogadoras cis, que são designadas como mulheres ao nascimento e não experimentam um desenvolvimento influenciado por andrógenos".

E essas vantagens não são reduzidas quando uma mulher trans toma medicação supressora de testosterona, como foi pensado anteriormente - "com apenas pequenas reduções de força e sem perda de massa óssea ou volume ou tamanho muscular".

Ainda de acordo com o rascunho obtido pelo "The Guardian", o grupo de trabalho afirma que pode reconsiderar sua posição se as evidências científicas mudarem. E também recomenda que homens trans sejam autorizados a jogar contra homens biológicos, desde que tenham sido submetidos a uma avaliação física e tenham assinado um termo de consentimento aceitando o risco maior de lesões.

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