O adiamento das Olimpíadas de Tóquio para 2021, por conta da pandemia do novo coronavírus, foi celebrado pela grande maioria da classe esportiva. Com a nova data – de 23 de julho a 8 de agosto – os atletas ganharam mais tempo de preparação para chegar aos Jogos no auge da forma física e técnica. Para alguns esportistas brasileiros que estão suspensos por doping, inclusive, a decisão do adiamento foi mais do que especial, pois ganharam uma nova chance de participar do evento. Mas há também os atletas que podem sair prejudicados diante do atual cenário.
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Entre os beneficiados com o adiamento está a judoca Rafaela Silva . Pega no doping por uso da substância fenoterol, durante a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no ano passado, ela está suspensa até agosto de 2021. No entanto, a defesa da atleta tenta a redução da pena junto ao CAS (Corte Arbitral do Esporte). Caso consiga, Rafaela, que foi campeã olímpica em 2016, no Rio, poderia voltar às competições a tempo de tentar se classificar para Tóquio.
Outros dois atletas que também podem se beneficiar são o ciclista Kácio Freitas e Andressa de Morais , do lançamento de disco. Ambos foram pegos por uso de substâncias irregulares durante os Jogos Pan-Americanos de Lima e estão suspensos preventivamente. Ainda não há definição de quando eles poderão voltar a competir.
Além dos esportistas já citados acima, o nadador Gabriel Santos e a tenista Bia Haddad são outros que viram as chances de ir às Olimpíadas se renovarem. Gabriel já está livre para competir, após ter cumprido suspensão pelo uso do agente anabólico clostebol. Porém, se as Olimpíadas acontecessem neste ano, ele teria um tempo muito curto de preparação para as seletivas, o que dificultaria muito suas chances.
Já a tenista Bia Haddad , punida pelo uso de anabolizantes, poderá voltar às quadras somente em maio deste ano. Sendo assim, não teria tempo para alcançar uma posição no ranking que lhe permitisse ir a Tóquio. Somente as 56 primeiras colocadas no ranking da WTA se classificam, observando o limite de no máximo duas atletas por país. Atualmente, Bia ocupa o 286º lugar. Embora a tarefa ainda seja difícil, a brasileira ganhou uma nova esperança de buscar uma vaga.