O Conselho do Comitê Nacional Olímpico Italiano (Coni) deliberou nesta quarta-feira, por unanimidade, a candidatura conjunta das cidades de Milão , Turim e Cortina para sediar os Jogos de Inverno (Olímpicos e Paralímpicos) de 2026.
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A candidatura conjunta prevê um investimento total de 376 milhões de euros (cerca de R$ 1,6 bilhão) e tem sido considerada "low cost" pelos dirigentes italianos, na comparação com a organização dos Jogos de Inverno em apenas uma cidade.
O presidente do Coni, Giovanni Malagò, apresentou o projeto em detalhes nesta quarta-feira. "No momento, somos apenas candidatos. Não somos sede das Olimpíadas, só nos inscrevemos na disputa", comentou. "Trata-se de uma grande oportunidade para o nosso país", acrescentou.
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Problemas para a candidatura aos Jogos de Inverno
Mas a deliberação do Coni foi ofuscada por uma carta pública do prefeito de Milão, Giuseppe Sala, que, na última hora, ameaçou retirar a cidade do projeto, alegando que o município estaria disponível apenas para receber jogos ou eventos.
No Twitter, Sala acusou Malagò de falta de transparência, argumentando que o projeto foi aprovado sem que as Prefeituras das cidades envolvidas tivessem-no à disposição. "Não havia clareza ontem, e nem existe clareza hoje", criticou.
Já a prefeita de Turim, Chiara Appendino, limitou-se a dizer que a cidade "estava à disposição" do governo na candidatura, mas fontes locais afirmam que o município preferia ser a única candidata aos Jogos.
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Enquanto isso, o governador da região de Piemonte, Sergio Chiamparino, criticou que a escolha de Cortina é "irracional", já que a cidade de Cesena conta com uma infraestrutura de pistas de esqui, que seriam usadas nos Jogos de Inverno .