O ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) Carlos Arthur Nuzman deixou a cadeia pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira. O cartola de 75 anos foi preso no dia 5 de outubro durante a Operação Unfair Play . Ele é acusado de intermediar o pagamento de propinas para eleger o Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

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Carlos Arthur Nuzman deixou prisão após STJ lhe conceder habeas corpus
COB/Divulgação
Carlos Arthur Nuzman deixou prisão após STJ lhe conceder habeas corpus

Na última quinta-feira, Nuzman recebeu habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinando sua ida para o regime de prisão domiciliar. De acordo com a decisão da ministra Maria Thereza, ele terá que cumprir algumas medidas cautelares como comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar as suas atividades.

Além disso, o ex-jogador de vôlei está proibido de acessar às sedes ou filiais do Comitê Rio 2016 e COB , e de ter contato com os demais réus. O ex-presidente do COB, indiciado por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, ainda terá que entregar seus passaportes, porque não poderá deixar o Brasil.

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O caso

Também nesta quinta, o juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra Nuzman e também contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e Arthur César de Menezes Soares Filho, o 'rei Arthur' por corrupção.

Além deles, são suspeitos de participação nos crimes Leonardo Gryner, ex-diretor do COB e os senegalezes Papa Massata Diack e Lamine Diack. Eles são acusados de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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"A denúncia equipara Nuzman e Gryner a funcionários públicos, uma vez que tanto o COB quanto o Comitê Organizador dos Jogos receberam e eram gestores de verbas públicas e exerciam, por delegação, uma atividade típica de Estado: o desporto", afirmaram os procuradores do Ministério Público.

De acordo com a denúncia feita pelo MPF, Sérgio Cabral, Carlos Arthur Nuzman e Leonardo Gryner pediram diretamente ao "rei Arthur" o pagamento de US$2 milhões para Papa Diack, que garantiria votos africanos para o Rio de Janeiro na eleição que aconteceu em 2009.

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