Olimpíada do Rio de Janeiro está na mira da Lava Jato
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Olimpíada do Rio de Janeiro está na mira da Lava Jato

Policiais federais cumpriram na manhã desta terça-feira, no Rio de Janeiro , dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, em nova fase da Operação Lava Jato. A "Operação Unfair Play" tem o objetivo de desmontar um esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em troca da contratação de empresas terceirizadas por parte do governo fluminense.

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As investigações da Lava Jato , que contam com apoio de autoridades francesas, indicam a possibilidade de participação de dono de empresas terceirizadas em suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da cidade do Rio de Janeiro pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, “o que ensejou pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos”, diz a nota da Polícia Federal.

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“As investigações, iniciadas há nove meses, apontam que os pagamentos teriam sido efetuados tanto diretamente com a entrega de dinheiro em espécie, como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais. Além disso, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros”.

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Os mandados judiciais foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal, no Rio, e estão sendo cumpridos em endereços nos bairros do Leblon, Ipanema, Lagoa,  centro, São Conrado, Barra da Tijuca, na zona sul, e do Jacaré, na zona norte, e no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em Paris, na França.

Os investigados

Os alvos são o empresário Arthur Cérsar de Menezes Soares Filho, conhecido como "Rei Arthur", e o presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Carlos Arthur Nuzman. O Ministério Público Federal aponta "fortes indícios" de que Nuzman "interligou corruptos e corruptores" na compra de votos de membros do COI (Comitê Olímpico Internacional). Há um mandado de busca e apreensão em sua casa e Nuzman foi intimado a depor na sede da Polícia Federal.

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Já o "Rei Arthur" tem um mandado de prisão preventiva contra ele, acusado de lavar parte do dinheiro do esquema através de offshores nas Ilhas Virgens Britânicas e em contas bancárias nos Estados Unidos e Antigua e Barbuda. As sedes do COB e do Comitê Rio 2016 também são alvos de mandados de busca e apreensão da Lava Jato.

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