
O quaterback Colin Kapernick, do San Francisco 49ers, está determinado a ser um canal para mudança nos Estados Unidos. O astro da NFL avisou que pretende ficar sentado durante a execução do Hino Nacional toda vez que considerar apropriado e até ver um avanço importante em seu país, especialmente com relação às questões raciais.
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Kapernick sabe que a franquia de San Francisco poderia afastá-lo da NFL diante dessa sua postura radical. Porém, mesmo diante desse risco e das críticas, o jogador se declarou como único responsável pelo comportamento que pretende manter e não pediu para ninguém seguir a sua ação.
O atleta também reconheceu que poderá ser maltratado em algumas cidades onde a sua equipe vai atuar como visitante na temporada 2016/2017, mas se disse preparado a enfrentar esta situação e observou que não está muito preocupado com a sua segurança.
"Se acontecer algo, isso apenas provaria o meu ponto de vista. Eu vou ficar ao lado das pessoas oprimidas. Para mim esta é uma situação que tem que mudar. Quando ocorrer uma mudança importante e eu considerar que essa bandeira representa o que se supõe representar, quando este país representar as pessoas do jeito que se supõe fazê-lo, eu vou ficar de pé", comentou.
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"Vou falar a verdade"
Na última sexta-feira, Kapernick se recusou a ficar de pé durante a execução do hino antes da derrota do San Francisco diante do Green Bay Packers, em jogo da pré-temporada. O jogador garantiu que não foi procurado por ninguém da NFL para conversar sobre o seu comportamento.
"Ninguém tentou me calar e, para ser honesto, não é algo que vai me deixar calado. Eu vou falar a verdade quando me perguntarem. Não é uma postura de imagem ou publicidade ou qualquer coisa assim. É uma postura a favor das pessoas que não têm voz. A favor de pessoas oprimidas e elas precisam ter igualdade de oportunidades para ter sucesso", avaliou.
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Kaepernick também conversou com seus companheiros de time para explicar seu ponto de vista. Alguns estiveram de acordo com a sua mensagem, mas não necessariamente com o seu método. "Todos na equipe têm direito a expressar sua opinião. Somos adultos", disse o linebacker Naorro Bowman.
Além disso, o jogador da NFL criticou duramente os candidatos presidenciais Hillary Clinton e Donald Trump, os descrevendo como "abertamente racistas". Kaepernick denunciou a brutalidade policial contra as minorias.
*Com Estadão Conteúdo