Quem gosta de MMA já tem programa para sábado à noite, mas o UFC 198 é uma boa pedida mesmo para aquele espectador ocasional. Com um card recheado de estrelas brasileiras, disputa de cinturão dos pesados e o alinhamento do futuro de diversas categorias em jogo, há muitas atrações à vista no evento que será realizado na Arena da Baixada. O iG Esporte lista as razões que fazem deste, o card do ano.
Uma arena de verdade

Não é a primeira vez de um card do UFC em um estádio. Essa honraria coube à Austrália que viu Ronda Rousey perder sua invencibilidade para Holly Holm e se tornou um evento ainda mais histórico. Mas são muitas as razões que fazem com que o evento deste sábado na Arena da Baixada seja uma primeira vez sentimental. É, de fato, o primeiro evento do UFC em um estádio no Brasil, um país com mais tradição no MMA do que a Austrália. Some-se a isso um card recheado de estrelas e a promessa de recorde de público em todos os tempos. Como dizem os gringos: “Say no more!”
Vai ou racha?

Mesmo com Anderson Silva fora do card, há um curitibano notório lutando em casa neste sábado. Trata-se de Mauricio “Shogun” Rua. Os últimos anos têm sido difíceis para Shogun que viu seu cartel se fragilizar de maneira inédita acumulando cinco derrotas em nove confrontos desde que perdeu o cinturão dos meiopesados para Jon Jones em março de 2011. A última aparição de Shogun, no entanto, no UFC 190, também realizado no Brasil, foi uma vitória sobre Rogério Minotouro. Contra o pouco experimentado, mas promissor Corey Anderson, Shogun tenta embalar de novo na categoria. Pode ser sua última chance.
Futuro campeão em ação

Salvo uma tragédia, Warlley Alves será campeão da divisão dos meiomédios no futuro. Ele mesmo projeta a conquista no ciclo de quatro anos. De longe, o brasileiro que mais empolga dentro do octógono atualmente, o mineiro dono de um cartel de 11 vitórias em 11 lutas é um exímio finalizador e é amplo favorito no combate contra Bryan Barberena. A expectativa por um prêmio de performance é alta. Alves entra no octógono para dar espetáculo.
A fome de Maia

Uma das maiores referências da arte suave em atividade no MMA, Demian Maia está pressionando a direção do UFC por um title shot na categoria dos meiomédios. Depois de chegar arrasador à divisão, as derrotas para Jake Shields e Rory McDonald fizeram Maia andar para trás. Nada que quatro vitórias em sequência não deem um jeito. Agora, diante do duro Matt “The imortal” Brown, Maia tem a chance de ganhar na marra esse title shot.
A estreia de Cyborg

São 15 vitórias e apenas uma derrota, na primeira luta da carreira. Cris Cyborg reina como a única unanimidade no MMA feminino desde que Ronda Rousey perdeu sua invencibilidade. O ingresso no UFC pode abrir um novo horizonte para a brasileira. A luta contra a esforçada, mas limitada Leslie Smith em peso combinado é mais festiva do que qualquer outra coisa. E Cris Cyborg no UFC pode ser muito bom para todos os envolvidos.
Fim de linha para Minotouro?

O irmão de Antônio Rodrigo Nogueira, o Minotauro, pode estar prestes a seguir o caminho do irmão e se aposentar. Para todos os efeitos, a luta contra o americano Patrick Cummins representa a chance de Minotouro provar que ainda tem cartucho para gastar no UFC. O clima em Curitiba pode ser decisivo para a continuidade da carreira do lutador que já vem de duas derrotas e é pressionado por amigos e por figuras do UFC a pendurar as luvas.
Duelo de feras nos médios

O comain event deste sábado é a aguardada luta entre Ronaldo Jacaré e Vitor Belfort, dois dos brasileiros com mais fãs no evento e que flertam com a possibilidade de um title shot. É inegável que o próximo desafiante ao cinturão que Luke Rockhold põe em jogo contra Chris Weidman em junho sairá dessa luta. Jacaré é o 2o do ranking e já perdeu para Rockhold. Belfort é o 3º do ranking e nocauteou o americano. Seja quais forem os resultados das lutas de maio e junho, a luta que resultará delas se vende praticamente sozinha.
Dinastia Werdum?

Fabricio Werdum deu uma surra no temido Cain Velasquez. Simples assim. A evolução do gaúcho é notória tanto na parte tática como em fundamentos que não dominava anteriormente como o boxe e o muay thai. Mas a dúvida persiste. Em uma categoria tão afeita a surpresas, pode Werdum reinar? Uma vitória contra o duro Stipe Miocic pode afastar o ceticismo.