Em seu primeiro ano completo na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto avaliou de forma positiva a temporada de estreia com a Sauber, apesar das limitações do carro. Em entrevista ao site oficial da Fórmula 1, o brasileiro destacou a evolução ao longo do campeonato, o reconhecimento dentro do paddock e a empolgação para integrar o projeto da Audi nos próximos anos.
Balanço da temporada
“Acho que conquistei muita coisa este ano”, disse Bortoleto. “Era um carro que no começo do ano estava completamente fora da briga e, com certeza, não era um carro para pontuar.”
O piloto afirmou que o ritmo real da equipe só passou a permitir disputas por pontos a partir do GP da Espanha, em Barcelona.
“No começo do ano, muita gente estava batendo e eu era um novato, então talvez eu não tenha aproveitado todas as oportunidades. Mas a gente sabia que nosso ritmo real não era para pontuar até Barcelona.”
Evolução e desempenho
Segundo Bortoleto, a melhor fase veio durante o verão europeu, quando a Sauber conseguiu resultados mais consistentes.
“Tivemos uma fase muito forte no meio da temporada, quando conseguimos pontos muito bons para a equipe. Senti que estava entregando performances incríveis.”
Ele explicou que a interrupção no desenvolvimento do carro impactou o fim do campeonato.
“Depois paramos de desenvolver o carro para focar no próximo ano. Algumas equipes continuaram evoluindo, então talvez tenhamos dado um pequeno passo atrás. Mesmo assim, seguimos brigando por pontos todo fim de semana.”
Reconhecimento no paddock
Apesar de outros novatos terem somado mais pontos, Bortoleto diz valorizar o reconhecimento interno.
“É ótimo ser reconhecido pelas pessoas no paddock, pela equipe e pelos fãs, porque no fim do dia eu sei o trabalho que estou fazendo”, afirmou.
“Às vezes você faz um ótimo trabalho, mas isso não aparece por causa do carro. O importante é que a equipe sabe o esforço e o trabalho duro que estou colocando.”
Torcida brasileira
A estreia em casa, no GP de São Paulo, marcou o piloto, mesmo após um fim de semana difícil.
“Eu amo o carinho dos fãs. Eles são muito apoiadores”, afirmou. “O GP do Brasil não foi fácil para mim, mas foi provavelmente a experiência mais incrível da minha vida.”
“Ouvir aquela torcida gritando meu nome, sendo que um dia eu era o garoto na arquibancada torcendo por alguém, é um sonho realizado. Somos muitos brasileiros. É incrível."