
O cantor jamaicano Jimmy Cliff fincou raízes no Brasil. Ele morreu nesta segunda-feira (24), aos 81 anos, após uma convulsão seguida de pneumonia. Cliff é pai da brasileira Nabiyah Be, nascida e criada em Salvador, capital da Bahia, onde o músico morou por quase uma década nos anos 80.
Ela é fruto da relação dele com a artista visual Sônia Gomes, e o casal foi apresentado pela cantora Margareth Menezes . Em mais de uma oportunidade, ele foi registrado com a camisa do Bahia Esporte Clube, que prestou homenagem ao cantor.
"Com grande pesar, o Esquadrão lamenta o falecimento do jamaicano-tricolor Jimmy Cliff, um dos maiores reggaemans da história, que abraçou nosso clube após inúmeras vindas a Salvador. Pai da cantora baiana Nabiyah Be, homenageada pelo Bahêa na campanha #BahiaDasArtes em agosto. Descanse em paz, mestre", escreveu o clube nas redes sociais.
🇯🇲🇧🇷 O clube da Kombi do Reggae - e da torcida que comemorava gol do ex-atacante Isac dançando o famoso ritmo jamaicano - hoje celebra @jimmycliff
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O #AniversarianteDoDia
, um dos maiores reggaemans da história, abraçou o Esquadrão numa de inúmeras suas passagens pela Bahia. 🎉🥳… pic.twitter.com/G8SfwXjx6t
"Jimmy Cliff in Brazil"
Cliff veio ao Brasil pela primeira vez em 1968, no Rio de Janeiro. Ele inclusive lançou, no mesmo ano, o álbum "Jimmy Cliff in Brazil". Nos anos 80, o jamaicano se apresentou na antiga Arena Fonte Nova para 60 mil pessoas ao lado de Gilberto Gil. O encontro se repetiu em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Ele também se aproximou do Olodum e participou do Femadum (Festival de Música e Arte Olodum) em 1990. O jamaicano também gravou em Salvador partes do seu álbum "Breakout", lançado em 1992, além de ter colaborado com Titãs, Ara Ketu e Cidade Negra. Suas músicas estiveram em novelas brasileiras, como Rainha da Sucata. No Rio de Janeiro, ele gravou o clipe de "We All Are One".