
O Flamengo divulgou, na noite da última segunda-feira (10), um comunicado em que sugere propostas para o "Fair Play Financeiro" no futebol brasileiro. Dentre elas, o clube pede o fim imediato dos gramados sintéticos no país. Mas, em contraponto às suas intenções, a Séria A pode ter o maior número de campos deste tipo em 2026.
Dois motivos principais foram listados pelo rubro-negro como argumento pela extinção da grama de plástico no Brasil. Um deles ligado à parte financeira e o outro ao cuidado com os atletas.
"Os gramados de plástico devem ser eliminados imediatamente de todos os torneios nacionais profissionais. A discrepância nos custos de manutenção entre gramados naturais e artificiais provoca desequilíbrios financeiros entre os clubes e prejudica a saúde física de jogadores e atletas", propôs.
Série A de 2026 pode ter mais dois campos sintéticos
Na atual edição da primeira divisão do Brasileirão, três equipes atuam em estádios com campo sintético: Palmeiras, no Allianz Parque; Botafogo, no Nilton Santos; e Atlético-MG, na Arena MRV — o último deles a adotá-lo. Na próxima, a competição ainda pode ganhar mais dois nesta lista. E as chances são altas.
Faltam apenas duas rodadas para o fim da Série B deste ano. Neste momento, estão no G-4 do torneio, zona que garante o acesso, Coritiba, Remo, Athletico-PR, e Chapecoense . A casa dos dois últimos possuem grama sintética. A Arena da Baixada, do rubro-negro paranaense, foi pioneira neste quesito na elite do futebol no país. Já a Arena Condá, da equipe catarinense, fez a mudança no meio desta temporada.
Jorginho prefere campo sintético que ruim
A questão do gramado de plástico já é tema de debate há algum tempo no Brasil. Não à toa, um grupo de jogadores se reuniu para pedir o fim deles, através da postagem, como Neymar , Thiago Silva, Bruno Henrique, Philippe Coutinho, Lucas, Alan Patrick e Gabigol. No texto padrão publicado por eles, destacou-se a seguinte frase: "Juntos pelo espetáculo. Futebol é natural, não sintético".
Jorginho, do Flamengo, vive a primeira temporada no país. O volante brasileiro naturalizado italiano, foi na contramão ao dar sua opinião sobre os campos sintéticos. Ele disse não ser o ideal, mas afirmou que era melhor que alguns naturais presentes no país — após a derrota de 1 a 0 para o Fortaleza, na Arena Castelão.
"Joguei contra o Atlético-MG. É complicado, mas se é para jogar num estádio onde não tem um 'gramado', acaba sendo melhor jogar num sintético. Obviamente que não é o ideal, porque acaba tendo mais lesões. Acredito que seja bem pior do que um campo normal, porém há campos e campos, entendeu?"