João Fonseca em coletiva na Bélgica
Divulgação/European Open
João Fonseca em coletiva na Bélgica

João Fonseca finalmente volta às quadras nesta semana para disputar o European Open, em Bruxelas, torneio indoor que vale 250 pontos no ranking. Na busca pela segunda final como profissional, João é cabeça de chave pela primeira vez e tratado como celebridade pela organização, com direito a lugar no cartaz principal do torneio e participação em ações de ativação.

Mas a jovem promessa tem um caminho complicado, podendo pegar dois top-20 e rivais próximos na luta por um lugar entre os 40 melhores do mundo, incluindo um tenista da casa.

Na estreia, João Fonseca foi selecionado para o jogo da noite de terça-feira (14) em Bruxelas, tarde no Brasil, contra o holandês Botic van de Zandschulp, número 86 do mundo.

Enquanto esteve fora do circuito, por cinco semanas, João assistiu à distância alguns rivais, com pior ranking, ganharem muitas posições. Alguns exemplos são Zizou Bergs e Learner Tien, além dos finalistas em Xangai, Valentin Vacherot e Arthur Rinderknech — que desistiu de jogar na Bélgica.

Inusitado campeão do Masters 1000, Vacherot subiu nada menos que 164 posições para se tornar o nº 40 do ranking anunciado nesta segunda-feira (13).

Queda no ranking da ATP

Com isso, João Fonseca perdeu 3 posições e abre a semana como 45º tenista do mundo. Para colar novamente no top-40, o brasileiro terá que chegar pelo menos até as semifinais e ainda contar com tropeços de rivais diretos no ranking, que participam do mesmo torneio. Não está descartado um confronto direto nas rodadas decisivas com Bergs, Sebastian Baez ou Giovanni Mpetshi Perricard.

Bom retrospecto e descanso

João Fonseca tem a seu favor dois fatores importantes: o bom retrospecto em torneios indoor e o descanso físico e mental nas últimas semanas.

Os torneios indoor são jogados em piso duro, mas o ambiente controlado, sem vento, sol e umidade, costuma tornar o jogo mais rápido, o que parece agradar o tenista brasileiro.

Pelo menos é o que dizem os números: foram 8 vitórias nos últimos 10 jogos. O tenista de 19 anos conquistou em quadra coberta o título do Next Gen ATP Finals, ganhou sua única partida na conquista por equipes na Laver Cup e ainda venceu justamente van de Zandschulp — o rival da estreia em Bruxelas — pela Copa Davis. 

João Fonseca também está mais descansado física e mentalmente, já que alguns dos possíveis adversários vêm de uma temporada na Ásia, encerrada para eles só no final da última semana. Além disso, os rivais tiveram, teoricamente, menos tempo para se recuperarem de um jet lag — viajando mais horas, por uma diferença de fuso maior.

Possíveis rivais na Bélgica

O início da chave pode não ser dos mais difíceis, já que João estreia contra o nº 84 do mundo e, na sequência, pode enfrentar o vencedor entre o espanhol Pedro Martinez e um tenista vindo do qualify. O caminho pode ficar complicado mesmo a partir da 3ª rodada, se o adversário for Felix Auger-Aliassime, 13º do ranking. O canadense chegou às quartas dos últimos dois torneios masters 1000, em Cincinnati e Xangai. 

Pode ter confronto direto

Chegando à semifinal, João Fonseca poderia cruzar com um dos três tenistas da casa, entre eles Zizou Bergs, que chegou até as quartas de final na última edição. Bergs (nº 39 da ATP) não é cabeça-de-chave, mas abriu esta semana à frente do brasileiro na lista do ATP. Outro possível adversário é o nº 20 da ATP, Alejandro Davidovich Fokina, que saiu derrotado pelo brasileiro em Cincinnati, depois de levar uma virada épica e desistir por lesão.

Desejada final de ATP 250

Do outro lado da chave, Baez pode ter que enfrentar o cabeça-de-chave nº 1 do torneio, Lorenzo Musetti e o nº 19 do mundo, Jiri Lehecka. Estes são possíveis rivais de uma desejada final de ATP 250, assim como aconteceu em Buenos Aires, no começo do ano. Se conquistar o título do torneio, João deve garantir um lugar entre os 40 melhores.

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