Fernando Diniz completou um turno à frente do Vasco
Matheus Lima/Vasco
Fernando Diniz completou um turno à frente do Vasco

Fernando Diniz embarcou no projeto Vasco há cinco meses. Desde então, teve caminhos opostos nos torneios mata-mata: foi eliminado precocemente da Sul-Americana e está na semifinal da Copa do Brasil. Pelo Campeonato Brasileiro, acabou completou um turno à frente da equipe.

É fato que o Vasco melhorou com o treinador. O trabalho já possui algumas marcas, tanto positivas quanto negativas. Mas o desempenho nos 19 jogos disputados na Brasileirão é inconstante. Não à toa, segue na 11ª posição — a mesma que estava quando ele chegou. 

Vasco no Brasileiro sob comando de Diniz

  • Partidas: 19
  • Aproveitamento: 45% (7V - 5E - 7D)
  • Gols marcados: 36
  • Gols sofridos: 32

Diniz é reconhecido por fazer os comandados "entrarem de cabeça" no seu estilo de jogo. A principal pedida é pela coragem. Com ideais fortes tão estabelecidos, é possível enxergar o dedo do técnico nos acontecimentos dentro de campo.

Poder ofensivo cresce com Fernando Diniz

Conhecido pelo DNA ofensivo, o técnico chegava ao Vasco com a missão de implementar esta ideia no elenco. Afinal, com o último — Fábio Carille — só havia marcado 28 gols em 21 partidas, em contexto com muitos duelos contra adversários bem inferiores no Estadual.

A equipe que se preocupava mais em defender, passou a ter mais gosto pela bola com Diniz à beira do campo. E a evolução no setor de criação esta escancarada pelos números: apenas o líder Palmeiras marcou mais (37) que o cruz-maltino (36) no Brasileiro, desde que ele assumiu a equipe.

Vasco não consegue encontrar equilíbrio na defesa

Se os torcedores se acostumaram a viver mais a extase de gritas gol, 59 vezes para ser mais exato, também se habituraram com a sensação contrária.  O grande problema do Vasco, no momento, é o setor defensivo.

Com o treinador, foram 51 gols sofridos em 29 partidas — uma média superior a 1,7. — contando todas as competições. Ele espera que o time evolua neste sentido, diante da chegada de novos nomes para zaga. Os recém contratados, Cuesta e Robert Renan, deram boas primeiras credenciais.

Philippe Coutinho assume o protagonismo

As expectativas pela volta de Coutinho ao clube, após 14 anos, foram muito grandes. Mas o meia não teve readaptação fácil no futebol brasileiro. Fernando Diniz, desde que chegou, parece ter resgatado pelo menos parte daquele jogador que encantou o mundo pelo Liverpool.

A importância do camisa 10 no time vai muito além dos números, sendo o grande regente e líder. No entanto, é inegável que eles cresceram comando do atual técnico: marcou seis gols e deu duas assistências em 21 partidas. O desempenho recente, inclusive, fez com que seu nome fosse pedido na seleção brasileira.

Ainda não encaixou Vegetti na equipe

Diniz tem no seu currículo o período mais artilheiro da carreira de Germán Cano. Por isso, esperava-se que conseguiria repetir a parceria de sucesso com outro centroavante: Pablo Vegetti. Mas as coisas não tem saído como o planejado.

Artilheiro do Brasil no ano, com 24 gols, ele ainda não conseguiu se encaixar ao modelo de jogo do treinador. O argentino marcou nove vezes em 27 jogos sob seu comando e deveria, para muitos cruz-maltinos, perder a titularidade.

Em um primeiro turno pessoal repleto de altos e baixos, Fernando Diniz espera encontrar a tão almejada constância nos 11 desafios finais que terá pelo Brasileiro. O primeiro deles será contra o Fortaleza, na quarta-feira (15), às 21h30 (de Brasília), na Arena Castelão.


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