Personagem central do acesso do Londrina na Série C do Brasileiro, Roger precisou ser batalhador para enfrentar as dificuldades da vida pessoal. É este espírito que o fez voltar uma casinha na evolução da carreira como treinador, para conseguir o feito pela segunda vez consecutiva.
O ex-atacante, de 40 anos, não teve uma jornada de muito brilhantismo como jogador, apesar de ter clubes do mais alto escalão do Brasil no currículo (Botafogo, Corinthians e Internacional). À beira do campo, ele tenta não "trocar os pés pelas mãos" para atingir um novo reconhecimento.
Roger chegou à equipe paranaense durante a disputa da competição e, em apenas 16 jogos, mudou o ambiente do clube rumo ao ineseperado acesso. Foram sete vitórias, seis empates e apenas três derrotas na jornada.
Roger precisou batalhar para enfrentar dificuldades
O atual comandante do Londrina sempre foi visto como um atleta de mais definição. Mas fora deles precisou trazer o espírito de luta para encarar as adversidades da vida. Ele mostrou o grande exemplo que é em dois casos específicos.
O primeiro deles no âmbito familiar. A filha Giulia, de 20 anos, é deficiente visual, e ficou conhecida por sempre acompanhar os gols narrados na televisão através das sensações. A recompensa da batalha de Roger para que ela conseguisse alcançar as próprias ambições veio em 2023, quando passou no vestibular de psicologia.
Já o segundo partiu de um problema sério de saúde: foi diagnosticado com um tumor renal, em 2017, quando vivia o melhor momento da carreira, e precisou ser afastar dos gramados para tratamento. Ele passou por uma cirurgia para retirar o cancêr e voltou a jogar três meses depois.
Roger tenta estabelecer próximo passo da carreira
Após conseguir o acesso com o Athletic em 2024, o treinador se manteve no cargo para temporada seguinte. O péssimo início de Série B — oito derrotas em nove jogos — foi determinante para sua demissão. Em vez de esperar uma possível chance em outra equipe da segunda divisão, optou pelo caminho diferente.
Roger retornou à Série C para tentar escrever mais um capítulo de sucesso no torneio. Agora, a grande missão é se estabelecer em um ambiente mais competitivo do futebol brasileiro. Mas antes precisa ter o futuro no clube definido.
Renovação de Roger no Londrina é incerta
Mesmo com objetivo principal concluído, a SAF do Londrina ainda não sabe se deseja contar com ele para 2026. O técnico revelou que o contrato entre as partes tem uma clásula de renovação automática em caso de acesso. No entanto, disse que a decisão tem que agradas a ambos.
"Eu ficaria lisonjeado em permanecer e inicar um projeto. Mas sou muito pé no chão. Essa tem que ser uma decisão da diretoria da SAF. Precisa ser bom para tudo mundo", revelou.
Depois de passar com exito pela primeira missão, Roger e seus comandados tem mais uma pela frente na temporada. Líder do Grupo A na segunda fase, o Londrina vai decidir a Série C contra a Ponte Preta. A CBF ainda não confirmou datas e horários das finais.