O fim da partida entre Bolívia e Brasil , vencida pelos donos de casa por 1 a 0, foi dramático. A partida, válida pela última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, foi disputada no Estádio Municipal de El Alto, a 4.100 metros de altitude.
Para além das dificuldades impostas pela altitude, os comandados por Carlo Ancelotti sofreram com um jogo truncado e de poucas chances. Só que, para a Bolívia, a partida significava a ida para a repescagem da Copa do Mundo, o que tornou tudo mais caótico.
Essa foi a primeira derrota de Ancelotti no comando da Seleção. Até aqui, o italiano disputou quatro jogos, com duas vitórias, um empate e uma derrota.
Para Raphinha, as condições de jogo desfavorecem a competição.
"A partir do momento que te colocam para jogar a 4 mil metros de altitude para ganhar o jogo desfavorece as outras seleções. O jogo estava equilibrado, o árbitro achou um pênalti no primeiro tempo", reclamou o jogador em entrevista à TV Globo.
Acréscimos conturbados
O fim da partida, para os saudosistas da internet, poderia ter sido considerado uma demonstração de 'futebol raiz'. É que diversos problemas interromperam a partida.
O primeiro foi quando Lucas Paquetá percebeu que a bola estava murcha e pediu para trocá-la. Alisson também notou que a que estava ao seu lado, para bater o tiro de meta, enfrentava o mesmo problema.
Depois disso, em pelo menos três oportunidades foram jogadas bolas em campo para atrapalhar ações ofensivas do Brasil. A última delas foi em correria de Estêvão pelo lado direito do ataque. Não pareceu atrapalhá-lo, mas passou perto.
O goleiro boliviano Carlos Lampe abusou da cera e recebeu recriminações por isso.
Após o apito final, no entanto, o estádio se encheu de celebrações, com jogadores e comissão técnica trocando abraços e agradecendo. Os torcedores abrilhantaram a festa enquanto fogos de artifício adornavam as imagens aéreas.