O Fluminense enfrentou o adversário mais difícil possível para quem voltou à Libertadores após oito anos. Além do peso de ser tetracampeão do torneio, o River Plate é possivelmente a melhor equipe do continente. Mas o tricolor não se intimidou, soube reagir e chegou a estar perto da vitória ontem, no Maracanã. O empate em 1 a 1 não foi o placar desejado, mas serviu para ser aprovado no primeiro grande teste deste Grupo D.
Nunca é fácil enfrentar o River , e o Fluminense demorou para entender isso. Os argentinos estavam tranquilos, pacientes e sabendo a hora certa para atacar. Já os tricolores se mostraram afobados e cometendo erros técnicos.
O pênalti que deu a vantagem ao River Plate é derivado deste nervosismo. Yago Felipe errou um passe bobo, não conseguiu fazer a cobertura e Marcos Felipe derrubou Rafafel Borré na área. O volante e o goleiro tricolor são estreantes em Libertadores e dificilmente cometeriam tal erro no Carioca ou no Brasileiro. Coube a Montiel bater com categoria para abrir o placar.
Inexperiência neste jogo não teve a ver com a idade. Nenê, de 39 anos, fez uma das piores partidas com a camisa tricolor. Kayky, de 17, e Luiz Henrique, de 19, foram destaques. Mas a partida mudou quando Roger Machado colocou Cazares em campo.
O equatoriano trouxe o ritmo que faltava para competir no meio e igualar as ações. De cara, deu um passe açucarado para Fred empatar a partida. Minutos depois, uma bola com categoria para Lucca sair de frente para Armani e pedir pênalti.
No fim, se houvesse mais tempo, a sensação era de que o Fluminense conseguiria a virada. Valeu a experiência do River, que soube esfriar o jogo e gastar o tempo para ficar com o empate.