O aumento de jogos para as equipes europeias após a mudança na Champions League vem rendendo críticas por parte dos jogadores. Após o goleiro Alisson abordar o assunto, foi a vez de Rodri, volante do Manchester City, reclamar do calendário.
Em entrevista coletiva nesta terça-feira (17), o espanhol explicou seu ponto de vista e indicou até mesmo a possibilidade de uma greve dos jogadores por conta do atual cenário.
"Acho que estamos próximos disso. É fácil de entender. Se perguntar para qualquer outro jogador, vai dizer o mesmo. Se continuar assim, chegará um momento em que não teremos outra opção. É algo que nos preocupa porque somos os caras que sofrem", disse.
"Na minha humilde opinião, acho que é demais. Nós ou alguém tem que cuidar da gente, porque somos os principais personagens deste esporte, ou negócio, ou seja lá como queira chamar. Nem tudo é dinheiro ou marketing, é também a qualidade do show. Quando estou descansado, jogo melhor. Se as pessoas quiserem ver um futebol melhor, precisamos descansar. Quando o número de jogos começar a aumentar, o desempenho e a qualidade diminuem", afirmou.
Ao invés da tradicional fase de grupos com seis rodadas, a Champions League passou a ser disputada inicialmente na fase de liga, onde cada clube disputará oito partidas contra diferentes adversários. Para quem não avançar diretamente às oitavas, um playoff de ida e volta será disputado por quem ainda tem chance de classificar.
O cometa
Defendendo um tempo maior de recuperação para os jogadores, o volante campeão da Euro 2024 citou Haaland como exemplo. O norueguês não disputou nenhuma competição com sua seleção, assim, descansou mais e fez toda a pré-temporada com os citizens.
"Talvez Erling seja um bom exemplo. Ele teve uma longa pausa e veja como está jogando agora. Dá uma dica de por que pedimos isso", explicou.
O atacante norueguês soma nove gols em cinco jogos pelo City nesta temporada. Na Champions, a equipe de Pep Guardiola estreia nesta quarta-feira (18), contra a Inter de Milão, em casa.