Uma das maiores rivalidades da história do futebol inglês terá mais um capítulo neste fim de semana. Liverpool e Manchester United, os dois maiores campeões nacionais, entram em campo no domingo (17), às 13h30, encerrando a 17ª rodada da Premier League. O jogo será transmitido pela ESPN e Star+.
Mário Marra, comentarista da ESPN, deu depoimento sobre o momento vivido pelas duas equipes, além de analisar o sucesso de Mohamed Salah, que pode superar Michael Owen e se isolar como o décimo maior artilheiro da história da Premier League caso marque um gol no clássico.
Rivalidade desse tamanho, geralmente, tudo pode acontecer. Quais são suas expectativas para o jogo?
“Existe um favoritismo do Liverpool. Por mais que a gente entenda que clássico é clássico, o Liverpool é o líder do campeonato, United me parece deprimido no momento e com o departamento médico cheio, Bruno Fernandes está suspenso também. Eu imagino o Liverpool atacando muito mais e o United se defendendo. Claro que isso não quer dizer que vão ganhar o jogo, mas tem acontecido com muita frequência. Contra o rival dentro de casa o time do Klopp tem jogado muito e sofrido pouco”.
Salah é o grande jogador do time e fundamental para a campanha que tem dado a liderança ao Liverpool. Como você avalia a temporada do egípcio?
“O meio campo rejuvenecido, mais participativo, tem aliviado muito o papel do Salah. O Arnold participando mais por dentro, tendo um volume maior atuando no meio do campo e um pouco menos como lateral em si, tem ajudado bastante o egípcio também porque a ‘bola boa’ tem chegado mais vezes. É incrível o que ele tem feito e ele sempre falou que queria fazer história no clube. Está conseguindo cumprir isso muito bem”.
Pior campanha na Champions da história do clube, 10 pontos atrás do líder e 6 atrás do quarto colocado com 16 rodadas na PL. Você diria que este é um dos piores momentos da história recente do United?
“Se a gente olhar jogador por jogador nem tanto. Mas é impressionante como o time desmanchou da última temporada pra cá, não pegou nem vaga na Liga Europa em sua participação na Champions. Tem muitas ausências, como o Casemiro que pesa muito, mas ainda com ele o time forçava bastante a participação dele em campo, ele tinha que exercer diversas funções e acabava até fazendo a que não é dele, que é gol. Sem ele e sem Bruno Fernandes é um momento péssimo do time. O clube também está numa situação péssima também, que ficou pra ser vendido, tem problemas administrativos e não se encontra. Até porque no ano passado deu a impressão de que seria o primeiro de um passo pra frente, e a atual temporada não traz essa convicção”.