O conflito entre o grupo extremista Hamas e Israel
ecoa também no mundo do futebol. Por conta de publicações em apoio à Palestina, o lateral-direito Noussair Mazraoui,
do Bayern de Munique, vê seu nome ligado a polêmicas.
Por meio das redes sociais, o deputado Johannes Steineiger condenou as postagens feitas pelo marroquino, e ainda pediu para que o atleta seja demitido pelo Bayern e expulso da Alemanha.
"O clube de Kurt Landauer, que os nazistas chamavam de “Clube Judeu”, não pode permitir que as coisas permaneçam assim. Caro @FCBayern: por favor, jogue fora imediatamente. Além disso, todas as opções do Estado deveriam ser usadas para expulsá-lo da Alemanha", escreveu Steineiger.
Nos últimos dias, Mazraoui republicou no Instagram alguns trechos do Alcorão e mensagens em apoio ao povo palestino, o que gerou grande polêmica na Alemanha. A revista Der Spiegel, por exemplo, caracterizou os posts como anti-Israel. Após a repercussão do assunto, o lateral se pronunciou.
"Em primeiro lugar, gostaria de dizer que é realmente decepcionante ter que explicar o que defendo. Há uma situação lá fora, onde milhares de pessoas inocentes estão sendo assassinadas. Minha posição é que trabalharei pela paz e pela justiça neste mundo. Isso significa que sempre estarei contra todos os tipos de terrorismo, ódio e violência. E isso é algo que sempre apoiarei.
É por isso que não entendo por que as pessoas pensam o contrário sobre mim e por que estou associado a grupos odiosos. Hoje não se trata do que eu penso ou do que vocês pensam, pessoas inocentes estão sendo mortas todos os dias por esse terrível conflito que saiu do controle. Todos nós precisamos ser contra e falar contra isso. Isso é simplesmente desumano
Por fim, gostaria de deixar claro que nunca foi minha intenção ofender ou machucar ninguém, consciente ou inconscientemente", disse o atleta em declaração a uma agência de notícias da Alemanha.
Iniciado por ataque sem precedentes no território israelense no dia 7 de outubro , o conflito entre o grupo extremista Hamas e Israel já é o mais mortal na história da região da Faixa de Gaza. O embate já deixou mais de 4 mil pessoas mortas. Segundo o último balanço do Ministério da Saúde da Palestina são 1.400 israelenses mortos e 2.670 palestinos mortos.