Daniel Alves
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Daniel Alves

Daniel Alves está preso desde o último dia 29 de janeiro e  o novo pedido de soltura provisória foi negado pela Justiça de Barcelona, o que deve obrigar o brasileiro a esperar o julgamento atrás das grades.

A situação do brasileiro, porém, se complica a cada dia. Nessa quinta-feira, o programa da TV espanhola "Ana Rosa" tornou público o primeiro relato da suposta vítima de estupro, que teria sido dado aos primeiros policiais que chegaram a boate onde teria ocorrido o estupro.

O áudio foi gravado acidentalmente pelos agentes que se deslocaram ao local. Conforme o programa, o dispositivo foi acionado às 4h57 da manhã, quando os eles ainda estavam a caminho da discoteca, onde chegaram às 5h04. Ao chegar, primeiro, eles conversam com o dono do local e, quatro minutos depois, a jovem conta a sua versão do que aconteceu no banheiro.

"Fui voluntariamente ao banheiro e, após darmos alguns beijos, disse que queria ir embora, mas ele (Daniel Alves) disse que não. Ele começou a me dizer coisas desagradáveis, como ''você é minha vadia' e começou a me bater. Ele jogou minha bolsa no chão e me bateu", relatou a jovem.

Ela ainda mostrou medo que ninguém acreditasse em sua palavra. “Não quero que o que aconteceu seja divulgado, ninguém vai acreditar em mim porque vão ver que entrei no banheiro voluntariamente”, continuou a jovem, que chorava durante a conversa.

Nesse momento, também é possível ouvir a amiga da vítima afirmando: "houve penetração".

Até o momento, o Ministério Público indica que Daniel Alves deve enfrentar um crime de agressão sexual com penetração, que consta no artigo 179.º do Código Penal. Ele tem previsão de detenção de quatro a 12 anos, embora fontes judiciais assegurem que os juízes levarão em conta o alegado abuso de autoridade ao forçar a vítima, sendo assim, o jogador pode ser condenado a uma pena de prisão entre 8 e 10 anos.

Afastada

A jovem que alega ter sido estuprado por Daniel Alves aparentemente segue sofrendo meses após o suposto caso e ainda não conseguiu retornar a sua rotina normal.

De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, ela continua afastada do trabalho e frequenta duas vezes por mês uma associação especializada no atendimento a vítimas de violência sexual e sexista.

Durante a última visita ao médico legista, na qual compareceu ao lado da mãe, a suposta vítima se abriu ao profissional e afirmou sentir “raiva, tristeza e nojo” ao lembrar de todo o ocorrido.

Além disso, ela mencionou a angústia que sente porque muitas vezes suas palavras são questionadas e o medo de sair de caso, alegando que acredita que um detetive será contratado por Daniel Alves ou sua equipe jurídica para seguí-la, o que pode acabar revelando sua identidade publicamente.

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