A defesa de Daniel Alves aposta em novo elemento para conseguir tirar o jogador da cadeia Brians 2, em Barcelona, onde está preso desde o último dia 29 de janeiro.
A equipe jurídica do jogador brasileiro apresentou à Justiça quase 26 horas de gravação, retiradas das sete câmeras da boate Sutton, de diferentes ângulos. Uma dessas imagens está sendo considerada crucial pela defesa para provar que o sexo entre os dois foi consentido, como alegou o lateral em seu último depoimento.
O jornalista espanhol Nacho Abad, do programa "En boca de todos", teve acesso a uma dessas gravações e, a julgar por suas palavras, as imagens pode ser de grande ajuda para Daniel Alves e mudar totalmente o rumo da história.
"Observo nessas imagens como Daniel Alves toca na bunda da menina e seu consentimento está na cabeça. Se ela não consentisse, minha reação teria sido afastá-lo e dizer 'não mexe na minha bunda', e eu não vejo isso. Ele toca a bunda dela e ela o agarra pela cintura. Depois, voluntariamente, ela vai ao banheiro alguns segundos depois", afirmou o jornalista.
A partir daí, não se sabe o que se passa durante os 16 minutos em que ambos ficaram no banheiro, mas se vê a denunciante chorando ao sair, enquanto conversa com uma amiga. "Daniel Alves sai primeiro. Eles (a suposta vítima e o jogador) não se falam e, em determinado momento, a menina se encontra com a amiga. Elas começam a conversar e ela é vista chorando", aponta.
Para a defesa, as imagens apresentadas podem dar uma guinada no processo e deixaria o brasileiro mais próximo de conseguir a soltura, já que provaria que o lateral é inocente da acusação de estupro.
Até o momento, o Ministério Público indica que Daniel Alves deve enfrentar um crime de agressão sexual com penetração, que consta no artigo 179.º do Código Penal. Ele tem previsão de detenção de quatro a 12 anos, embora fontes judiciais assegurem que os juízes levarão em conta o alegado abuso de autoridade ao forçar a vítima, sendo assim, o jogador pode ser condenado a uma pena de prisão entre 8 e 10 anos.