Após atraso de duas horas , Daniel Alves falou por cerca de meia hora, nessa segunda-feira, a juíza do tribunal de Barcelona, em novo depoimento pedido pela defesa.
O réu garantiu que o ocorrido no banheiro da boate foi uma relação sexual "consentidas por ambas as partes" , porém, foi rebatido em diversos momentos pela advogada da vítima, Ester García, e a promotora Elisabet Jiménez, que apontaram contradições.
Daniel Alves apontou que foi ele quem propôs à mulher que fossem juntos ao banheiro e que ela concordou. Ele também alegou que a mulher "abaixou as suas calças e começou a me fazer sexo oral”. Depois se virou para continuar com a penetração vaginal, que terminou no momento da ejaculação, que ele fez fora do corpo do denunciante.
A advogada da vítima, porém, alertou que o relato do réu não corresponde à posição das mãos que a polícia identificou por meio das impressões digitais encontradas no banheiro.
Já a procuradora Elisabeth Jiménez, tomando como base as falas do jogador, o perguntou como ele justificava as lesões que a mulher apresentou no joelho. Alves então explicou que esse ferimento se devia à posição da jovem durante o sexo oral.
Por fim, Daniel Alves garantiu que em nenhum dos momentos que durou a relação sexual recebeu recusa ou repreensão da jovem, e que ambos concordaram que ele sairia primeiro do banheiro para não levantar suspeitas.
Ele também afirmou que a queixa de estupro se deu após a vítima se irritar quando ele propôs que eles saíssem separados e por não ter se relacionado novamente com ela fora do banheiro.
Já o advogado de defesa, Cristobal Martell afirmou que ficou "mais do que satisfeito" com a declaração de seu cliente. Ele garantiu ainda que o seu depoimento foi "claro e contínuo".