Mães dos jogadores do Marrocos tiveram presença notória na Copa do Mundo de 2022
Reprodução/Twitter
Mães dos jogadores do Marrocos tiveram presença notória na Copa do Mundo de 2022


A seleção do Marrocos foi a grande surpresa da Copa do Mundo de 2022 ao chegar de forma histórica às semi-finais da competição e se tornar a primeira equipe africana a alcançar o feito. Porém, não foi apenas o desempenho em campo do Marrocos que chamou atenção do público.

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Ao longo do torneio, vários jogadores marroquinos foram vistos celebrando os gols ou vitórias com suas respectivas mães. Durante entrevista ao jornal espanhol 'El Pais' desta terça-feira (28), o treiandor da seleção Walid Regragui aproveitou a oportunidade para salientar o papel que elas desempenharam no sucesso de seu elenco.

"Elas trouxeram-nos claridade. Normalmente, os jogadores passam muito tempo a ser distraídos por mulheres, redes sociais, joias, fotografias, Rolex, Louis Vuitton, óculos... No Mundial de 2018, houve muitos problemas porque os jogadores trouxeram os seus agentes, namoradas e amigos para o campo de treinos", disse Walid.

E acrescentou: "Alterei as regras [em 2022]: apenas esposas e filhos ou familiares próximos foram autorizados a permanecerem lá. Se eu lhes tivesse dado a escolha, as mães não teriam ido. Mas como só podiam trazer membros da família, havia muitas mães", revelou o técnico marroquino.

"Graças à presença das suas mães, as estrelas da seleção não tiveram a oportunidade de se espalharem pelo Oriente Médio. Elas mantiveram as coisas em ordem. Para mim, elas foram muto importantes, porque o círculo familiar gira à sua volta. Para os muçulmanos, a reunião de famílias às sextas-feiras em volta do cuscuz da mãe, é algo muito importante. Só as mães são capazes de reunirem os seus filhos desta forma. Hoje, elas têm um grupo de WhatsApp, no qual organizam tudo", acrescentou Regragui.

O treinador explicou ainda que a decisão de permitir que os jogadores levassem família para o centro de treinos onde a seleção esteve hospedada no Catar foi preferível do que isolá-la, algo que na sua ótica não é tão "saudável" como parece.

"Estar trancado durante um mês, sem ver ninguém, além dos seus companheiros de equipe, não é necessariamente saudável. Mesmo que os meios de comunicação social e o público pensem que as reuniões fechadas lhes permitam que se concentrem na vitória. A verdade é que passar o dia inteiro falando de futebol com os seus colegas de equipe e ouvindo o treinador não é tão positivo, como poder fazer uma pausa de vez em quando para passar uma hora com a sua família", compartilhou.

"Afinal de contas, por que é que estes homens decidiram jogar por Marrocos? Por causa dos seus pais. Por causa dos seus avós. Porque em casa ganharam um sentido de pertença a um país que não teriam conhecido de outra forma", finalizou Walid Regragui.

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