A FIFA está sendo duramente criticada por nomear a modelo brasileira Adriana Lima como Embaixadora Global de Torcedores,
A supermodelo recebeu da entidade o papel de "desenvolver, promover e participar de iniciativas globais" antes da Copa do Mundo Feminina, marcada para o final deste ano.
A escolha foi bastante criticada pela ex-conselheira da Fifa, Moya Dodd. Para ela, uma mensagem "inapropriada" está sendo enviada para jogadoras e torcedores.
"Quando uma garota joga futebol, o mundo a vê de maneira diferente. Em vez de ser elogiada por sua boa aparência ou por seu lindo vestido, ela é valorizada por seus jogos e gols brilhantes. Ela é admirada pelo que pode fazer, e não por sua aparência, colocando-a em pé de igualdade de uma forma que pode alterar toda a trajetória de suas ambições de vida. Em um ano de Copa do Mundo da Fifa, essa é a mensagem que deve soar alta e verdadeira em todo o mundo. Onde uma supermodelo se encaixa nisso é realmente desconcertante", apontou.
Dodd, que estava no comitê para a candidatura bem-sucedida da Copa do Mundo a ser realizada na Austrália e Nova Zelândia, também lembrou dos comentários feitos pela modelo brasileira, em 2006, em que dizia que o aborto era um "crime".
Alheia a polêmica, a brasileira agradeceu o convite. "Com uma origem humilde e sendo uma grande apreciadora do futebol, estou muito agradecida e honrada por ter sido escolhida pela Fifa para ser a primeira Embaixadora Global de Torcedores e por ter recebido uma plataforma como esta para ajudar as pessoas a se aproximarem ainda mais desta modalidade", apontou.
A Copa do Mundo Feminina começa em 20 de julho, com a Nova Zelândia enfrentando a Noruega na partida de abertura do torneio.