Daniel Alves ainda tenta provar que não estuprou uma jovem de 23 anos, em uma boate de Barcelona. Porém, pesa contra o brasileiro as provas e as constantes mudanças de versões.
A mais nova delas, aliás, chama a atenção. Segundo o jornalista espanhol Cesc Maideu, do jornal Ara, em seu último depoimento, há um mês, Daniel Alves alegou ter sido vítima de assédio por parte da jovem que o acusa de estupro.
“A verdade é que queria proteger esta senhora", teria dito o brasileiro.
De acordo com o jornalista, ao dizer que queria “protegê-la”, Daniel Alves apontou que a intenção era não acusá-la de uma agressão sexual em que ele se apresentava como vítima e ela como agressora. "Eu não toquei naquela garota. Ela veio para cima de mim", teria relatado ele à juíza.
Concretamente, o atleta brasileiro assegurou que quando estava sentado na privada a mulher entrou e praticou com ele sexo oral, sem seu consentimento, mas que também não fez nada para impedir.
Na última quinta-feira, o advogado de defesa reconheceu, por sua vez, que seu cliente teve relação sexual com a jovem (incluindo penetração), mas tudo de forma consensual.
No entanto, enquanto espera para voltar a depor, a versão oficial de Daniel Alves segue sendo justamente a que ele deu há um mês, apresentando-se como vítima do ocorrido no banheiro.
Evidências
Todas as evidências apontam na direção oposta das declarações de Daniel Alves. A hipótese de sexo oral não bate com o DNA identificado no corpo da vítima, que mostra que houve penetração.
Os investigadores também encontraram impressões digitais em vários lugares do banheiro. Após analise foi confirmado que pertencem à vítima. Elas estão localizados na maçaneta da torneira, em um espelho atrás da porta e na tampa do vaso sanitário. A localização dessas impressões confirmaria a posição do corpo que a vítima descreveu em seu relato.