Neymar segue em um duro conflito com os torcedores organizados do PSG.
Após tentar deixar o clube em 2019 e voltar ao Barcelona, a relação entre as partes foi quebrada e, até hoje, não foi restabelecida. Tanto é verdade que o craque continua negando saudar os torcedores no final de cada jogo.
O brasileiro não esquece as faixas xingando a sua a mãe, nem as vaias que teve que suportar na última temporada, após mais uma eliminação do PSG na Champions League.
Os torcedores organizados, por sua vez, seguem indignados com a tentativa do brasileiro de deixar o clube, ato que consideraram uma "traição".
Porém, uma entrevista de Romain Mabille, presidente do Collectif Ultras Paris, mostra haver uma margem para o entendimento. Nela, ele reconheceu exageros cometidos pela torcida.
"Fomos muito duros (com Neymar), especialmente com o que aconteceu com sua mãe. As pessoas deram-lhe muito carinho quando chegou e entenderam o seu gesto de querer sair do PSG como uma traição", afirmou no France Bleu.
Ele, porém, garante que a torcida tem feito tudo o que está em suas mãos para encerrar a briga. Porém, alega que nem o clube nem o jogador responderam à tentativa de diálogo.
"É um jogador que anda pelo lado emocional, podíamos ter um (bom) relacionamento. Mas, não há nenhuma vontade do clube ou de Neymar para restabelecer a situação”, contou Mabille.
Por fim, criticou a intransigência do brasileiro. "Uma coisa posso garantir, é que na comitiva do clube, Neymar ou na arquibancada, não há ninguém que tenha feito mais do que eu para restaurar a situação. Eu disse estar aberto ao diálogo. Não obtive resposta. Vejo que há uma vontade de deixar a situação apodrecer. Acredito que se pudermos conversar, avançamos juntos, podemos encontrar soluções. Nós, como torcedores, também não temos que correr atrás dele. Neymar não cumprimenta ninguém no Parque dos Príncipes. Não sabemos como vamos sair disso”, concluiu.