O brasileiro Vinícius Júnior foi alvo de muita polêmica em janeiro, após ser ameaçado de morte pelo torcida do Atlético de Madrid , antes do clássico eliminatório pela Copa do Rei. Dentro de campo, o jogador vem sendo criticado pela imprensa, jogadores e torcedores rivais por uma suposta provocação excessiva.
Para o jornalista espanhol Joaquim Piera, do jornal Sport, o jovem se tornou o "Neymar Merengue".
"Vinicius Jr. poderia ter escolhido ser Ronaldo, carioca como ele, ou poderia imitar Ronaldinho Gaúcho, a estrela da figura eterna, ou ainda Kaká, um 'cavalheiro' que também passou pelo Bernabéu. Todos estes compatriotas já foram eleitos os melhores do planeta, são campeões do mundo e são lembrados pelos seus sprints, dribles e gols. Porém, por uma questão geracional e por dividir o vestiário na Seleção, Vini tomou outro caminho e se tornou o 'Neymar merengue'. Não porque sua contratação faz parte da obsessão quase doentia de Florentino em buscar um clone do agora '10' do PSG. Sua 'neymarização' se traduz em um 'eu contra tudo e todos'. Em usar a gasolina da provocação como combustível para a motivação independente de ser um jogo comum ou clássico, que gera um feedback de más vibrações, provocação, tensão", apontou.
O jornalista ainda continuou e voltou a criticar o camisa 10 do PSG.
"Neymar vai se aposentar sem ter vencido uma Copa do Mundo ou ter sido o melhor do mundo, acreditando haver uma conspiração contra ele, sem perceber que o público quer é o aplaudir de pé e curtir os craques. Você teria que se perguntar por que ele está em todo lugar em campo e, por outro lado, os outros brasileiros de classe extra nunca tiveram tantos problemas", apontou.
E seguiu: "Ney teve uma parte do vestiário contra ele no Barça devido aos shows desnecessários que fez. No seu país, exerceu e continua a exercer uma influência muito negativa sobre os jovens, que enxergam como natural este modus operandi de viver em constante provocação, quando não faz parte da essência do futebol brasileiro", alertou.
Por fim, Joaquim Piera deu um conselho a Vinícius Júnior. "Vini é jovem e é muito bem assessorado por seus agentes e uma equipe profissional ao seu redor que realiza grandes operações e nada tem a ver com o ambiente estranho de Neymar e seu pai. O ala carioca tem o tempo a seu favor e a possibilidade de retificar, de 'desneymarizar' e ter uma identidade própria dentro de campo. É uma mudança que depende apenas dele", concluiu.