O jogador Robinho, condenado por estupro na Itália e que tem um pedido de extradição expedido pelo país europeu, está cogitando retornar aos campos, após anunciar a aposentadoria.
Aos 38 anos, ele pode ter como destino a Portuguesa Santista, time tradicional de Santos, litoral de São Paulo, e que atualmente disputa a A-2 do Campeonato Paulista.
"A gente tentou, a gente conversou sobre a possibilidade. Ele tem esse problema e tivemos uma conversa superficial. Não foi proposta oficial, ele não deu resposta oficial, mas a gente cogitou. Ele é um baita jogador. Quem não gostaria? Mas há esse problema, nós seguimos nossa vida e ele a dele. Esperamos que ele resolva a vida dele na parte jurídica. O que houve foi uma conversa. A Portuguesa Santista ter o Robinho seria muito legal", confirmou Emerson Coelho, vice-presidente e diretor de futebol da Portuguesa Santista, em entrevista ao UOL.
Outro time que teria interesse é o Brasiliense, que jogará a Série D do Brasileirão desse ano.
Revelado pelo Santos, Robinho defendeu clubes importantes do futebol europeu como Real Madrid, Manchester City e Milan. Além do Peixe, o atacante também teve passagem pelo Atlético-MG no Brasil. Ele também jogou no futebol chinês, antes de fechar sua carreira atuando na Turquia.
Aos 38 anos, ele não entra em campo por uma partida oficial desde 2020, justamente quando defendia o Istambul Basaksehir. O jogador chegou a ser anunciado pelo Santos em outubro de 2020, mas a contratação foi cancelada após pressão da torcida e de patrocinadores.
Robinho também esteve presente em duas Copas do Mundo, em 2006 e 2010.
O caso
Robinho foi sentenciando a nove anos de prisão pelo Ministério da Justiça da Itália, em janeiro de 2022. O ex-atleta do Santos participou do estupro coletivo de uma mulher, em 2013, durante o período em que defendia o Milan.
Apesar disso, o jogador nunca cumpriu a pena. O governo italiano chegou a pedir a extradição do atacante e de seu amigo Ricardo Falco. Porém, a Constituição do Brasil proíbe tal ato. A Justiça italiana então pediu o cumprimento da pena em uma prisão brasileira.
Porém, esta possibilidade também é dificultada pelo Código Penal do País, uma vez que a sentença estrangeira só é aplicada no Brasil em duas situações: a primeira é pela reparação de danos e a segunda, pela homologação para efeitos de tratados.