Os graves protestos no Irã seguem causando vítimas fatais, entre eles, esportistas.
As autoridades iranianas executaram publicamente o lutador Majid Reza Rahnavard, que, segundo alguns relatos, foi enforcado em público na cidade sagrada de Mashad, após ter sido condenado à morte pelo assassinato de dois agentes de segurança.
"Ele foi condenado à morte por 'guerra contra Deus' por esfaquear até a morte dois membros das forças de segurança", explicou Mizan, acrescentando que ele também feriu outras quatro pessoas.
O jovem foi preso no dia 19 de novembro, acusado no dia 24 e seu julgamento foi realizado no dia 29, mesmo dia em que foi condenado à morte, após supostamente confessar seus crimes.
Além dele, Amir Nasr-Azadani ( ver galeria abaixo ), jogador de futebol de 26 anos, está muito próximo de ser executado, após ser acusado de participar dos protestos. Azadani chegou a jogar na Iran Pro League, a categoria mais alta do futebol naquele país.
Nove outros prisioneiros foram condenados à morte pelos protestos e, de acordo com a Amnistia Internacional, pelo menos 28 podem ser condenados à forca, em breve.
A execução do lutador ocorre quatro dias após o primeiro enforcamento de um prisioneiro condenado por participar dos protestos. Mohsen Shekari, 23, foi executado na quinta-feira por ferir um militante islâmico com uma faca.
Os motins começaram devido à morte da jovem Mahsa Amini, de 22 anos, após ter sido detida pela Polícia da Moralidade por não usar o véu corretamente, mas evoluíram e agora os manifestantes pedem o fim da República Islâmica fundada pelo aiatolá Ruholá Khomeini em 1979.
Nos quase três meses de protestos, mais de 400 pessoas morreram e pelo menos 15 mil foram detidas, segundo a ONG Iran Human Rights, com sede em Oslo.