A dois dias da abertura oficial da Copa do Mundo de 2022, a organização do Catar decidiu proibir totalmente a venda de bebidas alcoólicas nos oito estádios que receberão jogos. A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (18) por um dos dirigentes do Mundial, segundo informação do jornal 'New York Times'.
Porém, a decisão aumenta as tensões entre a FIFA, órgão regulador do futebol, e o Catar, país sede do evento. Isto porque, a Budweiser, marca de cerveja e uma das principais patrocinadoras do evento, tem um contrato com a FIFA de US$ 75 milhões. A proibição das vendas pode colocar a entidade em violação de contrato.
Veja galeria de fotos dos estádios da Copa do Mundo do Catar:
Em sua conta no Twitter oficial, a Budweiser se manifestou sobre a situação. A marca publicou um tweet em inglês dizendo: "Bem, isso é constrangedor...". Rapidamente, fãs e torcedores ao redor do mundo também comentaram a publicação, reagindo de forma negativa a mais uma restrição.
O pedido para a proibição teria partido do sheik Jassim bin Hamad bin Khalifa al-Thani, irmão do emir governante do Catar e a realeza mais ativa no planejamento do torneio. Ela acontece uma semana após a publicação de edital que já determinanava mudanças nos pontos de venda de cerveja da marca patrocinadora para locais mais discretos e mais afastados da torcida presente nos oito estádios da Copa.
Além da probição poder acarretar em conflitos com seu patrocinador, com seu público e até mesmo problemas financeiros, o ocorrido sugere que a própria FIFA não possui mais o controle total das tomadas de decisão de seu evento. O guia oficial do torcedor da Copa do Mundo afirmavam que "os portadores de ingresso terão acesso aos produtos Budweiser, Budweiser Zero e Coca-Cola dentro do perímetro do estádio” por pelo menos três horas antes dos jogos e por uma hora depois.
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