Cristiano Ronaldo (veja fotos na galeria abaixo) não tem poupado críticas sobre o tratamento que vem recebendo nos últimos meses no Manchester United.
Entre os principais alvos, está o técnico Erik ten Hag. Em novo trecho da entrevista ao jornalista Piers Morgan, o craque português afirma que se sentiu provocado pelo holandês ao ser deixado no banco em algumas partidas e detonou a postura do atual comandante.
"Ele não me respeita como eu mereço, mas é o que é. É por isso que, provavelmente, deixei o estádio no jogo com o Tottenham. Ele escolhe quem pensa que é melhor para a equipe, mas as desculpas a toda a hora... Não me pôs contra o Manchester City por respeito à minha carreira mas queria me colocar aos 87 minutos contra o Tottenham? Fez de propósito, na Seleção se for para jogar cinco minutos eu ajudo mas, nesse jogo, me senti provocado. É óbvio e é por isso que não respeito o treinador. A empatia entre nós não existe e a imprensa o protege e ao Manchester United. Ele assinou um contrato de três anos, provavelmente eu não vou estar muito mais tempo no clube. Mas eu gosto de pessoas honestas, que não mentem e os meus valores morais não são negociáveis”.
CR7 também diz ter se arrependido de ter saído do estádio antes do apito final na partida contra o Tottenham, que resultou em sua suspensão no clube, fato que o desapontou.
"Me arrependo de ter saído do estádio mais cedo, estava super desapontado. Suspenderam-me por três dias, penso que foi um exagero, uma humilhação para mim. Nunca tive problemas em nenhum clube e com nenhum treinador. Cheguei em casa e o meu filho me perguntou se não ia ao jogo, eu expliquei-lhe e ele riu. Pedi desculpa, cometi um erro, mas o castigo foi demais e foi como gasolina para a imprensa”, completou.
Durante a entrevista, Cristiano Ronaldo voltou a criticar Ten Hag, ao afirmar que o técnico faltou com empatia desde o início da temporada.
"Ele sempre me disse que não fiz a pré temporada e devia esperar pela oportunidade e eu percebia essa situação. O problema é que não lidou comigo da mesma forma que o fez com outros jogadores. Ele devia ter limpado a casa e a comunicação dele não foi a melhor. Entendo não ter jogado no início, mas as coisas vão muito mais além. Aconteceram muitas coisas que as pessoas não sabem. A empatia com o treinador não é boa, sou honesto”.
"É sempre minha culpa, eu sou o problema, sou a ovelha negra. Jogando bem ou mal me criticam sempre, até na Seleção, nos últimos três meses a crítica foi terrível. Não só a nível do futebol mas familiar e profissionalmente também. As pessoas devem ouvir da minha boca os factos e é por isso que dou esta entrevista, é o tempo certo para dizer o que sinto. O que disseram de mim tem sido autêntico lixo, coisas falsas, inventam problemas familiares”.