Josh Wander
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Com acordo encaminhado para assumir uma futura Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no Vasco sob investimento de até 700 milhões de reais , a empresa norte-americana "777 Partners" vem dando seus primeiros passos nos investimentos em futebol.

Donos do Genoa, da Itália, e acionistas minoritários do Sevilla, da Espanha, os empresários ainda buscam o primeiro grande case de sucesso no esporte, mas já acumulam proatividade e fazem planos, em especial na Itália.

Criada em 2015 e com sede em Miami, a empresa tem como sócios fundadores Steven Pasko e Josh Wander. Aplica seu dinheiro em diversos seguimentos: empresas de seguros, de financiamento, de aviação, de mídia e de entretenimento. É neste último que entra a área esportiva.

O 777 Partners possui propriedade no London Lions, equipe de basquete inglesa, na própria Liga Britânica de Basquete e nos clubes de futebol Sevilla e Genoa. Além disso, possui empresas de gestão de carreiras de atletas, de marketing esportivo e de transmissão de campeonatos, sendo uma delas, inclusive, voltada para o futebol feminino. Uma destas empresas (1190 Sports) é a detentora dos direitos internacionais do Campeonato Brasileiro.

No futebol, a empresa traçou duas histórias diferentes. No Sevilla, compraram ações minoritárias e tentaram negociar a compra de parte majoritária do clube da Andaluzia. Acabaram entrando em conflito com um dos sócios e com a diretoria comandada por José Castro. A briga se estendeu à política do clube, quando os norte-americanos tentaram destituir o conselho do clube, mas a operação acabou naufragando. Desde então, o 777 Partners pouco participa da vida dos espanhois.

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O maior interesse, falado em aberto pelo grupo, é o de comandar de forma majoritária os clubes em que entrar, com planos de criar uma futura rede de equipes. No Genoa, conseguiram: por 150 milhões de euros (866 milhões de reais, aproximadamente), adquiriram 99,9% das ações do mais antigo clube italiano e hoje tentam colocar o clube, que mais amargou quedas do que foi competitivo nas últimas décadas, de volta aos eixos. No comando desde meados de setembro do ano passado, já investiram em pessoal, jogadores e comissão técnica, mas o resultado é tímido.

Em janeiro, o clube demitiu Andriy Shevchenko, aposta dos donos como novo técnico da equipe. O ucraniano deixou o clube na penúltima colocação, a cinco pontos do primeiro fora da zona de rebaixamento do Campeonato Italiano. A situação não mudou com o alemão Alexander Blessin, seu substituto. O Genoa agora está a seis pontos do Venezia, clube logo acima do Z3. 

A escolha de Blessin teve influência direta de um nome escolhido pela 777, Johannes Spors. Ex-Leipzig e Vitesse, ele assumiu o cargo de gerente geral do clube. Trabalha ao lado de Carlo Taldo, um ex-profissional da base do clube valorizado pelos proprietários e promovido a diretor esportivo.

Em campo, os choques naturais de uma troca de gestão já acontecem. O Genoa investiu cerca de 37 milhões de euros em contratações nesta temporada, boa parte delas já sob a gestão 777. Nas saídas, uma das mudanças mais polêmicas foi a partida do ídolo recente do clube Goran Pandev, de 38 anos. Ele saiu disparando contra os proprietários, em entrevista ao jornal "Secolo XIX".

— A mudança de propriedade no Genoa criou uma confusão. Era como ter dois clubes diferentes e os jogadores mais experientes eram culpados pelos maus resultados.

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