Eminem
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Repetindo o ato de Colin Kaepernick, então quarterback do San Francisco 49ers que, desde 2016, passou a protestar contra o racismo nos Estados Unidos durante a execução do hino nacional antes dos jogos, o rapper Eminem se ajoelhou durante sua apresentação no Super Bowl neste domingo (13), reacendendo o debate sobre o gesto. Isto porque a NFL (liga americana de futebol americano) chegou a proibir o ato.

Chamou atenção, no entanto, a informação de que a liga já sabia que o rapper, de 49 anos, faria tal gesto. Segundo o New York Times, um porta-voz da NFL disse após o show que já era sabido que o rapper se ajoelharia durante a apresentação. Ele, inclusive, vinha repetindo o feito nos ensaios.

Foi a primeira vez em que o hip-hop ganhou holofotes no cobiçado show de intervalo do Super Bowl. Depois de vários anos de controvérsias raciais, a NFL provavelmente queria crédito por apresentar música negra – especialmente hip-hop, a língua popular da cultura pop americana – com destaque. O que grandes titãs do gênero, como Dr. Dre, Eminem, Snoop Dogg e Kendrick Lamar, fariam com essa visibilidade?

Dr. Dre abriu a performance atrás de uma mesa de mixagem, um aceno para a raiz da sua fama: o domínio das tracks. Nos 12 minutos seguintes, o público seguiu ouvindo sucessos estrondosos, incluindo “The next episode”, parceria entre Dr. Dre e Snoop Dogg, que vestia um conjunto de moletom azul; “California love” (felizmente entregue sem um holograma de Tupac Shakur, como se especulava); “Lose yourself” de Eminem; “Alright” de Lamar; e um par de canções de Mary J. Blige, única cantora ali.

50 Cent, pendurado de cabeça para baixo no teto do set, foi um convidado inesperado, apresentando seu hit “In da club”, uma das produções clássicas de Dr. Dre. As performances foram quase uniformemente excelentes. Lamar estava "no flow", Snoop Dogg confiante como um bom veterano, Eminem ainda emanando uma tensão robusta e Blige ajudando a manter a vibe com hits como “Family affair” e “No more drama”. E Dr. Dre estava radiante, um maestro passeando por um espólio de décadas nas quais reoquestrou a forma e a textura do pop.

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