Em mais uma atuação tenebrosa, a Seleção Brasileira apenas empatou com a Colômbia, em 0 a 0, jogando em Barranquilla, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022. Mesmo com o retorno de Neymar, o Brasil teve sérios problemas de volume ofensivo e viu melhora na entrada de Raphinha, mas acabou não sendo suficiente para evitar a perda do 100% de aproveitamento na competição, na qual permanece líder com larga vantagem para os demais.
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Colômbia deixa a bola com o Brasil, que não aproveita os espaços
A primeira etapa começou parecendo que a Colômbia ameaçaria o Brasil e pressionaria desde o inicio, uma vez que em três minutos o time da casa teve duas finalizações: uma com Quintero, chutando de fora da área, e outra com Mina, em tentativa de cabeça. Mas os lances seguintes mostraram a verdadeira postura de cada equipe na partida e a Seleção passou a tomar o domínio.
Neymar, de volta após cumprir suspensão contra a Venezuela, respondeu aos ataques colombianos ao receber a bola de Paquetá e bater forte exigindo grande defesa de Ospina. Alguns minutos depois, os papeis se inverteram, e Neymar deu lindo passe para Paquetá, que tentou desviar para o gol de carrinho, porém a bola passou raspando o pé da trave adversária.
Dali em diante ficou bem claro que a Colômbia estava esperando o Brasil para poder sair em contra-ataques, mas foram poucas as chances para isso. Enquanto isso, os brasileiros tinham a bola, mas finalizavam pouco. Aos 32 minutos, Neymar deu passe açucarado para Fred bater da entrada da área, mas o volante do Manchester United mandou a bola para fora, sem perigo.
Com a insistência em enfiadas de bola na área e sem muita velocidade nas tramas ofensivas, o Brasil chutou muito pouco a gol, tanto é que finalizou o primeiro tem com apenas cinco finalizações contra seis da Colômbia, segundo o Footstats. Dessa forma, a partida foi para o intervalo com 0 a 0 no placar.
Brasil consegue ser pior no segundo tempo, mas Raphinha é a boa notícia
Na volta dos vestiários, a qualidade da partida ficou ainda pior do que foi no primeiro tempo. Sem intensidade e com muitos erros de passe no campo de ataque, o Brasil não conseguiu finalizar nos primeiros 20 minutos da segunda etapa. Em meio a isso, Tite fez sua primeira modificação no jogo ao sacar Gabigol e colocar Raphinha, que foi o grande destaque contra a Venezuela.
A situação não melhorou para o Brasil, que permitiu o crescimento da Colômbia. Foram três chances para o time da casa: duas vezes com Quintero, que exigiu grande defesa de Alisson, e outra com Uribe, novamente com intervenção do goleiro brasileiro. Sem evolução, Tite mexeu novamente no esquema sacando Gabriel Jesus e colocando Antony em seu lugar.
Péssimo coletivamente, restou ao Brasil as individualidades de Raphinha, que em duas jogadas conseguiu as duas primeiras finalizações da equipe no segundo tempo, já perto dos trinta minutos. Uma delas acabou forçando Ospina a fazer boa defesa. Poucos instantes depois, Neymar fez jogada individual, mas demorou a soltar para Paquetá, que finalizou muito mal.
Raphinha, assim como no jogo anterior, seguiu sendo o melhor do Brasil em campo. Primeiro ao colocar um cruzamento milimétrico para Antony finalizar e Ospina fazer um milagre, depois ao fazer jogada individual, deixar o marcador no chão e cruzar rasteiro para Neymar, que não conseguiu o domínio e perdeu a oportunidade de finalizar. Foi a última grande chance de abrir o placar e evitar o primeiro jogo sem vitória da Seleção Brasileira nessas Eliminatórias.
E agora?
O Brasil volta a campo na próxima quinta-feira, quando recebe o Uruguai, em Manaus, na Arena da Amazônia, às 21h30 (horário de Brasília), pela 12ª rodada das Eliminatórias da América do Sul. Já a Colômbia enfrenta o Equador, novamente em Barranquilla, ás 18h. Os brasileiros seguem com larga vantagem na liderança com 28 pontos, já os colombianos ficam em quinto, com 15.