O ex-presidente do Barcelona Josep María Bartomeu e seu ex-assessor Jaume Masferrer foram colocados em liberdade provisória pela juíza Alejandra Gil nesta terça-feira (2) no âmbito das investigações do "BarçaGate".
Em nota, Gil informou que os dois "exerceram seu direito de não prestar depoimento" perante à Justiça durante a audiência desta manhã. Tanto Bartomeu como Masferrer continuam sendo investigados, mas não receberam nenhuma medida cautelar.
Os outros diretores do clube catalão presos também nesta segunda-feira (1º) - o CEO, Óscar Grau, e o diretor jurídico, Romo Gómez Ponti - haviam sido libertados na noite de ontem.
Todos continuam a ser alvos de investigação por crimes na administração do Barcelona e por corrupção.
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O escândalo "BarçaGate" estourou em fevereiro do ano passado quando a rádio "Cadena SER" revelou que uma empresa de marketing foi contratada para "melhorar" a imagem do então presidente do clube e para atacar jogadores, ex-atletas, ex-técnicos e dirigentes adversários de Bartomeu nas redes sociais.
Além disso, o contrato teve um valor cerca de seis vezes maior do que o padrão para esse tipo de contratação de gestão das redes sociais.
A princípio, os envolvidos negaram as acusações, mas a crise estava instaurada e foi parar na Justiça da Catalunha.
Seis diretores apresentaram renúncia da gestão do clube e a pressão contra Bartomeu aumentou tanto internamente como por parte dos torcedores, que não aceitavam que o presidente estava atacando o maior atleta do clube, o argentino Lionel Messi.
O jogador chegou a ameaçar sair do clube, e é quase certo que o faça após a eleição da nova diretoria no próximo domingo (7), e fez críticas públicas ao então cartola. Em outubro do ano passado, Bartomeu anunciou sua renúncia após seis anos comandando o clube.