A edição 2018/19 do Campeonato Inglês começará nesta sexta-feira e o Tottenham já marcou seu nome, mas por um motivo que não agrada tanto os torcedores. O clube londrino passou a janela de transferências do verão europeu, que fecharam nesta quinta, sem contratar ninguém.
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Esta é a primeira vez que um clube da primeira divisão da Inglaterra, desde que o atual molde de transferências foi introduzido na Premier League, em 2002/03, não se reforça - por outro lado, o Tottenham também não negociou ninguém.
O único jogador que será novidade no elenco comandado por Mauricio Pochettino, que terminou na terceira colocação da última edição da Premier League, é o holandês Janssen, que estava emprestado ao Besiktas, da Turquia.
Mas se nessa temporada a diretoria dos Spurs não abriram os cofres, na última, investiram ao todo 121,5 milhões de euros (cerca de R$ 534 milhões) contando a janela de verão e de inverno europeu, segundo o site especializado Transfermarkt. O brasileiro Lucas Moura, por exemplo, foi um dos que chegaram.
O clube de Londres priorizou, por outro lado, concluir o novo estádio, que tem previsão para ser inaugurado em 15 de setembro, pela quinta rodada do Campeonato Inglês, contra o Liverpool.
Construído no mesmo terreno onde ficava o antigo estádio, o White Hart Lane, o novo, chamado Tottenham Hotspur Stadium, terá capacidade para 62 mil torcedores e cusou 850 milhões de libras (R$ 4,2 bilhões) - números que técnico Pochettino não concorda.
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Para o treinador, no entanto, há mais do que uma justificativa: "O que o clube está fazendo é corajoso porque construir um novo centro de estágios e terminar o alojamento dos jogadores este verão é um investimento massivo", afirmou.
"E depois com o Brexit é pior ainda porque os jogadores custam 30% mais. É um drama. Tenho pena do povo inglês”, acrescentou em entrevista coletiva. Com o time mantido, o principal jogador segue sendo o artilheiro Harry Kane.
Movimentações do mercado sem o Tottenham
Ao todo, os 20 clubes da Premier League investiram cerca de 1,2 bilhão de libras (R$ 5,8 bilhões). Liverpool e Chelsea foram os mais gastões, porém clubes como Fulham, West Ham e Everton , também decidiram abrir os cofres para contratar.
O primeiro dos três citados, que galgou à primeira divisão na última temporada, gastou 102 milhões de libras (R$ 500 milhões). Os outros dois, juntos, investiram 176,7 milhões de libras (R$ 825 milhões) e agora contarão com os brasileiros Felipe Anderson, Bernard e Richarlison.
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Atual campeão nacional, o Manchester City gastou 63,1 milhões de libras (R$ 310 milhões) e foi o grande que menos investiu - sem contar o Tottenham . O seu rival, United, desembolsou 70,9 milhões de libras (R$ 348 milhões) para trazer reforços, mas ainda assim o técnico José Mourinho não gostou e criticou muito.